Hoje, as demandas por aceitação e tolerância parecem maravilhosamente positivas – algo pelo qual vale a pena lutar. É surpreendente que em muitas discussões esses dois termos sejam usados como sinônimos. Mas eles realmente significam a mesma coisa? Tolerância tem sentido de “paciência”, o que significa aceitar crenças e atitudes de outras pessoas. No entanto, isso não quer dizer que eu tenha que jogar minha própria opinião “no lixo”. O tolerante mantém seu ponto de vista, mas suporta outras ideias. Aceitação, por outro lado, significa “aprovar”; quem aceita uma convicção adota-a e desiste de sua própria (anterior). Portanto, aceitação e tolerância não podem ser – de forma alguma – equiparadas. Mais e mais pessoas estão exigindo seus direitos em nome da tolerância, paz e liberdade a fim de impedir o que é diferente. É interessante que a tolerância é correta apenas na direção em que a própria pessoa caminha...

Olhemos para Israel. Como diz um ditado alemão, ali “os espíritos se dividem”. Mesmo que Deus claramente esteja por trás de seu povo, o mundo persiste em seu antissemitismo, como podemos ler no artigo “O maior ‘erro’ dos judeus”, presente nesta edição. “Sem [filho de Noé] significa pura e simplesmente ‘nome’, mas justamente essa interpretação do nome contém um sentido mais profundo. O nome de Jesus é o nome sobre todos os nomes. [...] Deus tornou-se semita no Messias”. O terrível é que “o antissemitismo é um ódio sem fundamento à raça judia como tal, não ao seu modo de agir ou de pensar. O judeu é odiado por ser judeu e seu ‘crime’ é ser judeu” (leia aqui).

Norbert Lieth, no artigo “Apocalipse 15 e o Futuro de Israel”, também escreve que “o primeiro e o último cânticos da Bíblia são mencionados juntos em Apocalipse. Isso aponta para o seguinte: o cântico de Moisés correlaciona-se com o cântico do Cordeiro e mantém seu significado. Ele começa com Israel e termina com Israel” (leia aqui). À medida que o mundo se torna cada vez mais antissemita, se torna ao mesmo tempo cada vez mais anticristão! Isso deve ser um aviso para nós.

Analisando a conjuntura atual, Johannes Pflaum também nos apresenta outra reflexão: “A crise do novo coronavírus é um alerta para a igreja de Jesus no Ocidente. Trata-se de despertar do nosso cristianismo embriagado pela prosperidade, de desmascarar nossas aparentes seguranças piedosas e de dirigir o nosso olhar para o iminente retorno de Jesus e os eventos que se anunciam” (leia aqui). Toda essa situação pode nos trazer medo, incerteza e insegurança, o que é normal, mas Nathanael Winkler corretamente nos lembra que Deus “é o nosso refúgio. Nele encontramos a nossa segurança, e ele permanece fiel em qualquer situação da nossa vida”. Não como um “cheque em branco”, mas como uma promessa celestial (leia aqui). Como diz o apóstolo Paulo: “Mas em todas estas coisas [v. 35: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada] somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37).

Encerramos com a seguinte frase de Philipp Ottenburg, que consta no “Prezados Amigos”: “Não sabemos quanto ainda demorará até que o nosso Senhor venha. Por isso o alerta de Isaías 55.6-7 é particularmente importante, e é nesse sentido que queremos modelar nossa vida: ‘Busquem o Senhor enquanto é possível achá-lo; clamem por ele enquanto está perto...’”. Boa leitura!

sumário Revista Chamada Agosto 2020

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