Norbert Lieth

Encontramos pegadas (ou vestígios) em todos os lugares. Pegadas de pessoas e animais, mas também de catástrofes naturais, que muitas vezes deixam traços da devastação. Quando alguém comete um crime, faz-se o possível para remover todas as suas pegadas. Contudo, a polícia consegue encontrar o perpetrador até mesmo através de detalhes pequenas que foram deixados. Quem não lembra quando alguém da família não tirou os sapatos sujos na porta da frente e um rastro de sujeira levou até o quarto?

Pegadas são, muitas vezes, reveladoras. Assim, é possível ver pelas pegadas não apenas que um animal passou por certo local, mas também qual animal era. Conhecemos a expressão “seguir os passos de alguém”. Se um filho segue o ofício do pai, diz-se que “o filho segue os passos do pai”. Nesse sentido, seguir os passos ou pegadas de alguém significa imitá-lo e querer fazer o mesmo.

Também encontramos essa ideia na Bíblia. Assim está em 2Coríntios 12.18: “Pedi a Tito que fosse até aí e mandei com ele outro irmão. Será que Tito explorou vocês? Não é verdade que temos andado no mesmo espírito? Não seguimos nas mesmas pisadas?”. E em 1Pedro 2.21: “Porque para isto mesmo vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando exemplo para que vocês sigam os seus passos”.

Quem segue ou está prestes a seguir os passos de alguém deve tentar corresponder às expectativas associadas ao modelo a ser imitado. A Bíblia também usa frequentemente o termo “imitador”: “Portanto, eu peço a vocês que sejam meus imitadores” (1Co 4.16). “Sejam meus imitadores, como também eu sou imitador de Cristo” (1Co 11.1). “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1). “Irmãos, sejam meus imitadores e observem os que vivem segundo o exemplo que temos dado a vocês” (Fp 3.17). “E vocês se tornaram nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra com a alegria que vem do Espírito Santo, apesar dos muitos sofrimentos” (1Ts 1.6). “Tanto é assim, irmãos, que vocês se tornaram imitadores das igrejas de Deus que se encontram na Judeia e que estão em Cristo Jesus; porque também vocês sofreram, da parte de seus patrícios, as mesmas coisas que eles, por sua vez, sofreram dos judeus” (1Ts 2.14).

Que impressão causamos ao nosso redor, em nossa família, amigos, conhecidos? Deixamos vestígios destrutivos ou vestígios de bênçãos?

Já pensamos na marca que deixamos no mundo? Vale a pena que outros se tornem nossos imitadores? Os melhores vestígios que podemos deixar na vida ocorrem quando nos tornamos imitadores de Cristo.

Desejo-lhe um ótimo mês de junho!

Norbert Lieth