O pregador Norbert Lieth falou recentemente em um dos seus sermões: “Não é possível salgar um prato com açúcar!”. – Com isso não vem à mente a fala de Jesus, quando ele nos exortou a sermos sal em um mundo que está perdido, hoje mais do que nunca? Mas o que fazer se o sal ficar fraco?
Nós nos acostumamos muito à nossa sociedade, a coisas que anos atrás nos abalavam profundamente. Permitimos que Deus e sua Palavra sejam zombados, permanecendo passivos. Melhor não dizer nada, pois não queremos ser chamados de “fundamentalistas”. Desviamos o olhar de onde deveríamos interferir, permanecemos calados quando outros juram, permanecemos calados quando deveríamos representar a causa de Deus. Nós nos adaptamos à atual visão de mundo. Mas e se sobrevier a nós o que Johannes Pflaum escreve no artigo de capa (algo que já acontece com muitos cristãos ao redor do mundo): “Jesus fala no mesmo capítulo de tribulações, sedução e perseguição: ‘Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente’ (Mc 13.23). Ele diz isso para não sermos surpreendidos despreparados” (leia na pág. 6).
Além disso, “o homem tem uma tendência de complicar o que Deus simplificou”, Norbert escreve na série sobre a primeira carta a Timóteo (leia na pág. 16). É por isso que continuamos encontrando desculpas para coisas em que devemos nos posicionar. O sal fica fraco.
No início de seu artigo sobre mudanças climáticas, Thomas Lieth afirma: “Em Romanos 1.18-23, Paulo denuncia a profanação a Deus quando o homem dá mais honra àquilo que Deus criou do que ao próprio Criador”, e continua: “ ... e em 2Tessalonicenses 2.11 ele diz que Deus enviará um poder sedutor àqueles que insistirem em não crer. Quando alguém dá ouvidos às ideias mais tolas, contrariando qualquer bom senso, a razão disso é a ausência de fé. No momento em que alguém nega a Deus e volta as costas ao único e onipotente Criador, Deus deixa essa pessoa seguir seu curso” (leia na pág. 20). Isso deve ser um aviso sério para nós.
Por outro lado, temos esta promessa maravilhosa que Norbert nos lembra na página 28 do artigo “O mistério dos 144 mil”: “O futuro está fixado em Jerusalém (no monte Sião) e na instituição do reino messiânico na terra. ‘Assim diz o Senhor dos Exércitos: “As minhas cidades transbordarão de prosperidade novamente, e o Senhor tornará a consolar Sião e a escolher Jerusalém”’ (Zc 1.17)”. Um futuro fantástico nos espera! Um futuro pelo qual realmente vale a pena sofrer tribulações, não é?
E, novamente, gostaríamos de citar as palavras de Norbert de seu comentário sobre 1Timóteo, onde ele escreveu, em lembrança das palavras do apóstolo Paulo em Filipenses 4.12: “O que de fato deveria ter absoluto primeiro lugar é a oração de gratidão, vinda do fundo do coração, por tudo que Deus nos concede”. A gratidão muda nossa vida, proporciona uma nova perspectiva, dá coragem para firmar-se em Deus e na sua Palavra e faz com que o sal tenha força novamente para ser luz em um mundo sombrio. Que tenhamos em nossos corações o famoso hino: “... porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia” (cf. 2Tm 1.12). Com isso em mente, desejamos a todos uma boa leitura!