Generais na política de Israel

Generais na política de IsraelGadi Eizenkot, ex-chefe do estado maior de Israel e atual candidato para as eleições 2022.

Israel está em vésperas de eleições, que acontecerão em primeiro de novembro. Com isso, sempre se manifestam novos partidos ou coalizões partidárias. Como sempre, aparecem então em Israel pessoas renomadas que anunciam seu ingresso no palco político. Nesse contexto, ganhou destaque especial Gadi Eizenkot, que se aliou a Benny Gantz, do partido azul e branco, para estabelecerem junto com o partido Nova Esperança, de Gideon Sa’ar, uma “plataforma de sustento do Estado” na acidentada paisagem política de Israel. Todavia, por enquanto a atenção da sociedade israelense se focou em um outro aspecto: mais uma vez um ex-chefe do estado maior pôde ingressar no Knesset. Eizenkot comandou o exército israelense de 2015 a 2019. Até agora, nos 70 anos da história de Israel, 13 dos 22 chefes de estado-maior tornaram-se deputados do Knesset ou até ministros ou premiês após despirem o uniforme, como Yitzchak Rabin e Ehud Barak. Os israelenses confiam nos seus militares e muitas vezes lhes concedem algum crédito, porque veem a segurança acima de tudo. Por isso, o Knesset também já teve entre os parlamentares quatro ex-líderes do serviço secreto interno e três do externo, o Mossad. Como já se especulava há tempo a respeito das aspirações políticas de Eizenkot, os israelenses acharam interessante a sua aliança com Benny Gantz, que foi seu antecessor como chefe do estado-maior. Ao longo do verão, observadores políticos têm especulado que essa aliança poderia tornar-se decisiva para a formação de uma coalizão na distribuição de mandatos em meio a uma situação de empate que já dura anos. AN

Antje Naujoks dedicou sua vida para ajudar os sobreviventes do Holocausto. Já trabalhou no Memorial Yad Vashem e na Universidade Hebraica de Jerusalém.

sumário Revista Chamada Novembro 2022

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