Exigências de normalização de relações
A guerra latente entre Israel e o Irã vem se exacerbando crescentemente. Com isso, cada vez mais interesses geopolíticos e alianças vão se deslocando no Oriente Próximo. Enquanto as relações israelenses com os países do Golfo e Marrocos, no norte da África, vão melhorando cada vez mais (e esses países se empenham em encontrar acesso a um tema que é tabu na sociedade árabe – os árabes e a shoah), outros países fecham as portas quando se trata de Israel. Têm havido repetidos boatos de que os vacilantes contatos de Israel com a Arábia Saudita ou o Iraque, longe dos olhos do público, nem estariam indo tão mal assim. Agora, porém, o parlamento iraquiano promulgou uma lei que impõe punição a quaisquer tentativas de normalização das relações com Israel. Houve fortes críticas a isso, principalmente dos EUA, não só porque essa lei fecha todas as vias por meio das quais os países poderiam aproximar-se de alguma forma, como também porque “além disso, essa lei limita o direito à livre manifestação de opinião, promovendo também uma atmosfera maciçamente antissemita”. Enquanto no ano passado Israel ainda se orgulhava de uma reunião de centenas de pessoas na cidade curda de Erbil, que em alto e bom som exigiam uma normalização das relações com Israel, existe agora um profundo clima de escândalo pelo fato de que a nova lei iraquiana punirá tais exigências com prisão perpétua ou pena de morte.