Procura-se uma solução para a crise global de cereais

Plantação em estufas na cidade agrícola de Ein Yahav, na parte sul de Israel. Foto: Wikipedia
Plantação em estufas na cidade agrícola de Ein Yahav, na parte sul de Israel. Foto: Wikipedia

Desde o início do ano, muitos preços deram um salto – não só o preço do combustível dos nossos carros. Desde então, o preço dos cereais subiu 49% no mercado mundial. Muitos países economicamente mais frágeis mundo afora temem que, em breve, não poderão mais assegurar os suprimentos básicos para sua população. Israel dispõe de uma diversificada tecnologia de ponta e não é sem motivo chamado de forja de inovações. Na área agrícola, em particular, o país dispõe de empresas que desenvolveram soluções especiais em hidrotecnologia, mas também em modernas formas de cultivo vegetal e muito mais. Muitas dessas empresas registram saltos de faturamento, entre as quais a Israel Chemical Industry, especializada em fertilizantes, e a Adama, que criou fama na área de pesticidas. Representantes dessas e de muitas outras empresas acompanharam alguns ministros israelenses para o Azerbaijão, país de boa vocação para o cultivo de cereais, mas até agora sem atuação nesse ramo agrícola. O ministério das finanças de Israel e também o ministério da agricultura e do desenvolvimento rural passarão a trabalhar nesse país asiático promovendo um rápido desenvolvimento com ajuda de tecnologia de ponta. Especialistas israelenses esperam que, já em 2025, o Azerbaijão poderá compensar parte dos fornecimentos de cereal em falta por causa da guerra na Ucrânia. Todavia, Israel tenta também ajudar outros países. Seu vizinho, o Egito, está em posição particularmente precária por causa da crise dos cereais, de modo que, ali, Israel participa com uma tecnologia que permite agricultura no deserto. Nesse contexto, chama particular atenção que exatamente isso também já se iniciou até na Arábia Saudita. Sem grande alarde, esse país permitiu recentemente a empresários israelenses exercer essa atividade nas amplidões desérticas da Arábia Saudita. Nesse país já se iniciaram dois grandes projetos com empresas israelenses. AN

Antje Naujoks dedicou sua vida para ajudar os sobreviventes do Holocausto. Já trabalhou no Memorial Yad Vashem e na Universidade Hebraica de Jerusalém.

sumário Revista Chamada Outubro 2022

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