Corte de apelação de Frankfurt confirma a rejeição da ordem da criação
Agora é oficial. O juizado alemão rejeita a ordem da criação, que até anteontem ainda era uma norma aceita pela sociedade. A Deutsche Bahn, estatal ferroviária federal alemã, que até então parece não ter visto como prioridade incluir em seu sistema de reservas algum sexo indefinido além de “homem” e “mulher”, foi processada. A corte de apelação de Frankfurt deu razão ao queixoso que, como “pessoa não-binária”, sentiu-se pessoalmente agredido e prejudicado por precisar decidir entre “homem” e “mulher” quando foi adquirir uma passagem. Foram-lhe atribuídos mil euros de indenização e a Deutsche Bahn foi condenada a atualizar imediatamente o seu sistema. Fatina Keilani relata para o NZZ: “A empresa informou que, de qualquer modo, está no momento modificando seus sistemas de reservas, com o que uma ‘opção que respeite o gênero será um componente essencial’ da nova plataforma. Todavia, a empresa queria um prazo de mais um ano para isso. Agora terá de incluir a opção mais rapidamente”.
Por outro lado, a Suíça mantém em sua constituição federal a referência a Deus. O político Fabian Molina havia requerido eliminar do preâmbulo da constituição suíça a expressão “em nome do Deus onipotente”, porque hoje a invocação de Deus estaria “desatualizada”. Em junho, o Conselho Nacional votou a iniciativa parlamentar de Molina e decidiu com 119 a 53 votos preservar a referência a Deus na constituição do país. A conselheira nacional Marianne Streiff disse a respeito: “‘In nomine Domine’ – ‘em nome do Deus onipotente’ – nos acompanha já desde 1291. Com isso, os nossos ancestrais e nós também queremos expressar que nenhum rei e nenhum partido detêm o poder supremo na Suíça. Ao invocarmos algo superior, reconhecemos que, em última análise, não temos tudo em nossas mãos. Isso tem a ver com humildade. Queremos com isso apelar para a modéstia”.