Igreja Católica da Alemanha rende-se ao espírito dos tempos

Segundo noticia o Zeit Online, no início deste ano 150 colaboradores da Igreja Católica na Alemanha posicionaram-se “por meio de uma iniciativa inédita como gays, exigindo o fim da sua discriminação”. Inclui-se aí não só pessoal administrativo, mas também sacerdotes que se consideram parte do LGBTIQ+. Para todos aqueles que não conseguem mais acompanhar as constantes variações das siglas, o jornal explica que “LGBTIQ+ significa lésbicas, homossexuais, bissexuais, trans, inter e queer, ficando o sinal positivo para outras identidades e gêneros.” Cerca de vinte associações e organizações católicas apoiam essa declaração, que vem assinada inclusive “pela diretoria do Comitê Central dos Católicos Alemães (ZdK), a Liga Alemã Católica Feminina (KDFB), a Comunidade Feminina Católica da Alemanha (kfd), o Fórum da Agenda de Teólogas Católicas, a União da Juventude Católica (BDKJ), bem como a União das Comunidades Universitárias Católicas (AKH)”. Dois meses depois, o cardeal católico Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Freising, reconheceu os sinais dos tempos, solidarizou-se com o espírito dos tempos e participou de um culto queer. Ele se desculpou em nome da Igreja perante as pessoas queer e se alegrou com o fato de ter mudado de opinião na questão LGBTIQ+. Agora seu desejo seria por uma igreja inclusiva que siga a “primazia do amor”. Ao que parece, a conferência dos bispos alemães se enxerga como pioneira com seu entendimento do “caminho sinodal” na abertura da Igreja a favor da agenda LGBTIQ+, mas segundo o noticiário The Pillar, é de se presumir que o restante do mundo católico tenda a não seguir os alemães nisso. Os bispos da Suécia, da Dinamarca, da Noruega e da Finlândia, cujas igrejas dependem do apoio dos recursos financeiros mais abundantes da igreja alemã, já manifestaram em uma circular estarem “preocupados” com a trajetória sinodal dos alemães, bem como também os bispos da Polônia e até o próprio papa Francisco, conhecido como tendo uma mentalidade progressista.

sumário Revista Chamada Agosto 2022

Confira