A guerra contra o Irã
Os israelenses têm certeza de que, em seu encontro com Putin, bem como também nos telefonemas subsequentes, o premiê Naftali Bennett abordou o tema das negociações nucleares com o Irã. Segundo especialistas, será bom para Israel que as negociações não se “resolvam rapidamente”, como durante a guerra na Ucrânia. Para Israel, o Irã é e permanece não só uma ameaça real, mas uma ameaça para o mundo inteiro. Mesmo assim, muitos em Israel consideraram bastante hipócrita sujeitar-se a pressões dos EUA para aliar-se às sanções contra a Rússia enquanto os americanos continuam em negociações com a Rússia em Viena. Enquanto em Israel as opiniões a respeito de um arranjo nuclear com o Irã divergem, todos estão muito conscientes de que existe uma guerra em andamento há muito tempo para manter, por todos os meios imagináveis, as ambições de poder do regime islâmico radical dos aiatolás sob controle. Isso inclui não apenas amplas atividades de serviços secretos em quase todo o mundo e golpes militares israelenses contra alvos iranianos na Síria. Ainda recentemente ficou evidente que, em razão das atividades navais iranianas, o mar Vermelho se tornou um verdadeiro foco. Agora, os israelenses ficaram sabendo que essa guerra já vem há tempo sendo travada também nos ares, depois que, no ano passado, o Irã tentou nada menos que duas vezes sobrevoar o território israelense com drones. Esses objetos voadores não-tripulados, derrubados pelas forças de defesa israelenses, podem ser usados para ataques, mas, segundo noticiou a imprensa, teriam também transportado armas para as organizações terroristas na Faixa de Gaza.