Israel na corda-bamba

Há guerra na Europa. Muitos creem que seja iminente que as armas russas se façam ouvir também em outros lugares, e não só na Ucrânia. Os países ocidentais são unânimes em dizer que Putin violou todas as regras. Israel continua a manobrar entre as frentes. Após os primeiros disparos, o ministro israelense do exterior, Yair Lapid, condenou a agressão russa à Isso foi combinado para dar um passo junto com a comunidade ocidental de países sem, no entanto, arriscar um avanço excessivo. A situação particular em que Israel se encontra ficou clara poucas horas depois da declaração de Lapid. A Rússia afirmou com toda a clareza diante da ONU que Golã pertence à Síria. O vocabulário restante empregado por Moscou não deixou dúvidas de que não teria o mínimo problema em cancelar seu reconhecimento de Jerusalém Ocidental como capital do Estado de Israel, datado de 2017. As maiores preocupações de Israel dizem respeito à sua liberdade de ação militar em território sírio, que é viável apenas com a concordância do secreto senhor da Síria: a Rússia. Portanto, Israel não se livrou do dilema e prevê, além disso, outros desafios, como iniciativas de socorro a judeus ameaçados pelos combates, e também a possibilidade de uma iminente imigração em massa.

sumário Revista Chamada Julho 2022

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