O fim está próximo!

Desde sempre, toda geração cristã tem esperado o breve retorno do seu Senhor Jesus. Por que então a expectativa de um retorno próximo haveria de estar particularmente fundamentada justamente agora? Alguns pensamentos.

Se eu fosse redigir um roteiro de filme sobre os acontecimentos que a Bíblia prevê para os tempos finais, eu não acharia possibilidade de descrever com mais exatidão os desdobramentos do nosso mundo atual. Os acontecimentos ao nosso redor se encaixam admiravelmente bem no contexto profético da Bíblia quanto ao fim desta era. Não me ocorre nenhum evento preparativo importante dos tempos finais que não esteja ganhando perfil atualmente.

Realisticamente, cabe perguntar por quanto tempo esse estado de coisas ainda pode durar antes que tudo exploda. Pode-se objetar que sempre houve tempos difíceis na história mundial.

Há dois motivos que me permitem supor que hoje seja diferente.

Primeiro: o que ocorre em uma parte do mundo não permanece desconhecido para o resto do mundo. Em tempo mínimo, o mundo inteiro sabe o que ocorreu – e o que ocorre em determinado lugar se reflete quase instantaneamente em resultados em alguma outra parte do mundo. Os efeitos dos eventos em nosso mundo atual crescem exponencialmente. Por quanto tempo ainda será possível impedir que fanáticos tenham acesso a armas de destruição em massa? Por quanto tempo será possível manter o controle sobre as tensões constantemente crescentes no mundo? O mundo parece caminhar em direção a uma crise demolidora. Essa crise poderia perfeitamente ser o futuro tempo de tribulação que alcançará o seu ápice no Armagedom.

Segundo: em nenhum outro momento da história foi possível observar todos os sinais proféticos tornando-se visíveis. Israel, que esteve disperso por quase dois mil anos, retornou. O Império Romano, que permaneceu desagregado por quase 1 600 anos, volta a se reunir. A Babilônia, um grande império que desapareceu da história há 2 500 anos, volta a ganhar foco. A globalização se acelera a cada dia. Jerusalém, o Oriente Próximo e o persistente processo de paz dominam diariamente a mídia em todo o mundo, e a igreja visível vai se afastando em alta velocidade da verdade da Bíblia e dos seus princípios morais.

Creio que vivemos em uma época muito especial, cujos acontecimentos apontam para o fim. Os futuros eventos lançam suas sombras adiante de si.

Infelizmente, porém, a maioria das pessoas não tem consciência do que se passa. Em seu grandioso livro Mundo em Chamas, Billy Graham descreveu a autossatisfação dos nossos dias:

“Uma das marcas de uma cultura decadente é que pessoas normais não têm consciência do que se passa. Só quem conhece os sinais da decadência formula as perguntas para as quais ainda não existe resposta. O cidadão médio sente-se satisfeito em seu conforto e vive despreocupado como uma traça numa caixa com revistas descartadas sobre a história mundial. Como a assistência social do governo lhe proporciona uma falsa sensação de segurança, ele não questiona. Esse é o seu problema e sua tragédia. O homem moderno tornou-se um espectador dos eventos mundiais que ele acompanha isolado pela televisão. Diante dos seus olhos passam os maléficos acontecimentos dos nossos dias enquanto ele vai bebericando sua cerveja, confortavelmente acomodado numa poltrona. Ele parece não reconhecer o que está ocorrendo. Não entende que o mundo está em chamas e que ele também queimará nesse incêndio.”

Em nítido contraste com isso estão os que vivem preparados para a vinda de Cristo. Existem pessoas que reconhecem hoje os malignos eventos em nosso mundo e permitem que Jesus Cristo as salve.

Jesus poderia voltar ainda hoje!

Mark Hitchcock é autor, professor associado no Dallas Theological Seminary e pastor sênior na Faith Bible Church, em Edmond Oklahoma.

sumário Revista Chamada Abril 2022

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