Um jubileu do coração

A organização não governamental israelense Save a Child’s Heart [Salve o coração de uma criança], também conhecida pela sigla SACH, dedica-se a ajudar crianças cardiopatas e procura incansavelmente prover cirurgias cardíacas vitais também para crianças de países sem relacionamento com Israel. A SACH já trabalha com sucesso há 25 anos. O pontapé inicial foi dado em 1995. Naquela ocasião, um ex-colega de estudos contatou o fundador, dr. Amram Cohen, também conhecido como Ami. Cohen, que havia migrado dos EUA para Israel, prometeu ao seu ex-colega de origem etíope possibilitar cirurgias em Israel para duas crianças com graves problemas cardíacos. A postura básica de Cohen era: se pudermos, devemos. Em seguida, ele criou a organização SACH. Infelizmente, ele faleceu em 2001, em um trágico acidente de escalada no Kilimanjaro. Outros assumiram sua obra, de modo que até hoje já foi possível tratar seis mil crianças de 62 países. A lista dos países de origem das crianças é longa, mas cerca de metade é de crianças palestinas. Para elas, o acesso passa pelo hospital Wolfson em Holon, perto de Tel Aviv, que oferece consultas semanais gratuitas e cujos colaboradores se engajam voluntariamente no SACH. Além disso, muitos médicos e enfermeiras viajam a serviço do SACH para outros países a fim de realizar exames preliminares e acompanhar as crianças nos voos. Às vezes também se realizam cirurgias em outros países, um empreendimento de ampla demanda logística. O SACH também cuida para que seus pequenos pacientes tenham alguma pessoa de confiança ao seu lado. Às vezes não é fácil pôr isso em prática diante das autoridades israelenses, principalmente se um paciente vier, por exemplo, do Afeganistão. O SACH, porém, não se limita a operar, mas cuida também da reabilitação das crianças em abrigos especiais.

Antje Naujoks dedicou sua vida para ajudar os sobreviventes do Holocausto. Já trabalhou no Memorial Yad Vashem e na Universidade Hebraica de Jerusalém.

sumário Revista Chamada Abril 2022

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