Novo porto em Haifa

Porto construido por empresa estatal chinesa inaugurado em setembro de 2021.

Com a concessão desse projeto-gigante aos chineses, Israel atraiu a ira dos EUA. Estes supõem que esse país asiático não aposta apenas em hegemonia econômica, mas que poderia aproveitar a proximidade com instalações militares americanas naquela cidade portuária israelense. Já faz anos que a presença chinesa na economia de Israel é um tema polêmico. As atividades econômicas desse regime humanamente nada amigável subordinam-se a interesses do poder político. O contrato para a operação do novo porto de Haifa recentemente inaugurado foi fechado em 2015 com a estatal chinesa Shanghai International Port Group. O fato de se ter concedido a essa empresa a exclusividade operacional por nada menos que 25 anos – um prazo praticamente imprevisível para as condições israelenses – cria ainda mais irritação. Na inauguração, a nova ministra dos transportes, Merav Micheli, enfatizou que a avançada infraestrutura e a tecnologia ali integrada permite um atendimento ágil de navios gigantescos capazes de transportar 18 000 contêineres ou mais, o que elevará em muito o volume de atendimento das instalações portuárias antigas, de 1,46 milhão de contêineres anuais. Por ocasião da inauguração, a capacidade anual era de aproximadamente 800 000 contêineres, que deverá ser quase duplicada no período de um ano. O porto, inaugurado em setembro de 2021, cria milhares de novos empregos em Israel. Além disso, estima-se que os transbordos desse porto proporcionarão à economia israelense um volume comercial adicional de 1,5 bilhão de shekels.