Efeitos da revolução de gênero

Em um comentário a convite do jornal NZZ, Ralf Schuler trata da revolução de gênero de forma crítica. Se for necessário “redefinir e reorientar” o matrimônio, ele perderá “com isso também sua proteção especial, por não ser mais nada de especial”. Ele escreve: “A família clássica marca os valores e as estruturas da nossa organização social. Eliminar da mentalidade prática da sociedade a clássica família de pai-mãe-filhos com descendência física, inserindo-a numa diversidade colorida como o arco-íris, distorce não só a realidade, como modificará a sociedade. Pode-se querer isso ou não. A ‘heteronormatividade’ explicitamente combatida por alguns ativistas não é alguma injustiça ou um acidente, mas realidade vivida. Se isto for alterado fundamentalmente, seremos extintos ou teremos de apostar em vias tecnológicas de reprodução – com todos os seus riscos e efeitos colaterais”.[1] Em um comentário em outra fonte, um pastor norte-americano observou que lutar de modo sustentável contra a natureza é tão impossível como lutar contra a gravidade. A ideologia de gênero se autodestruirá e não será durável, mas no caminho causará danos gravíssimos – de modo similar à incompatibilidade entre a ideologia comunista e a realidade na antiga União Soviética, mas que até o seu naufrágio causou grandes danos.

Nota

  1. Ralf Schuler, “Nach der Gender-Revolution: Die Welt wird eine andere sein”, Neue Zürcher Zeitung, 1 abr. 2021. Disponível em: https://www.nzz.ch/meinung/gender-revolution-die-welt-wird-eine-andere-sein-ld.1609212?reduced=true.
sumário Revista Chamada Julho 2021

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