Microrrobôs

Nanorrobôs circulam pela corrente sanguínea e diagnosticam doenças ou funcionam como unidades reparadoras no corpo humano. No mundo inteiro, cientistas pesquisam sob grande pressão tais sistemas. Um deles é o dr. Metin Sitti, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETHZ, na sigla original). Ele apresentou um microrrobô biocompatível com espessura de apenas 0,18 milímetro. Esse robô consegue transitar pelo corpo de sete diferentes maneiras, tais como rolando, flutuando ou saltando. Micro-organismos foram utilizados como modelo. O robô vem equipado com minúsculos ímãs que podem ser estimulados externamente por meio de um campo eletromagnético. Junto com sua equipe, ele também desenvolveu uma cápsula medindo poucos mícrons, que permite transportar substâncias ativas líquidas por meio de comando externo para alvos no organismo.

Todavia, as elevadas exigências de segurança ainda requerem muita pesquisa e desenvolvimento antes que os robôs possam ser aplicados numa medicina cada vez mais personalizada. Um dos maiores desafios é o comando controlado e preciso dos robôs nos turbulentos fluidos corporais em órgãos pulsantes. Sitti prevê dez anos até as primeiras aplicações clínicas em humanos. Desde já, porém, ele está convicto das vantagens de uma suplementação médica por micro e nano robôs. “Estamos a caminho de uma medicina com a qual poderemos reconhecer as doenças mais cedo e tratá-las com muito menos efeitos colaterais.”[1]

Nota

  1. Samuel Schlaefli, “Mit medizinischen Mikrorobotern zum Durchbruch des Jahres”,ETH Zürich, 9 set. 2020. Disponível em: https://ethz.ch/content/main/de/news-und-veranstaltungen/eth-news/news/2020/11/mit-medizinischen-mikrorobotern-zum-durchbruch-des-jahres.html.
sumário Revista Chamada Julho 2021

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