Respostas para Kant
Crise do coronavírus, perplexidade, medo, ansiedades existenciais. A dúvida do que fazer nos pressiona. Eis uma resposta com referencial celestial e de abrangência eterna.
“O que fazer?” é uma pergunta tão antiga quanto o próprio pensamento. Em 1770, o famoso filósofo Immanuel Kant já formulou perguntas semelhantes: “O que consigo saber? O que devo fazer? O que posso esperar? O que é o homem?”.
Podemos buscar em muitas partes, mas continuaremos procurando até lançarmos mão da Bíblia. Só ela é capaz de nos oferecer uma resposta conclusiva sobre o que devemos fazer e a que nos destinamos.
Certa vez perguntaram ao Senhor Jesus: “O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer?” (Jo 6.28), a que ele respondeu: “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou” (v. 29).
A maior miséria do ser humano consiste em não crer em Jesus. Não há perda maior. Em comparação com ela, todas as outras experiências negativas são ninharia. Quem se encontra num buraco escuro fará de tudo para sair de lá. Mesmo diante de males menores, concordamos em assumir riscos maiores para voltarmos a estar bem. Todavia, a solução para o problema original da nossa vida é a fé em Jesus Cristo.
No dia de Pentecostes, os judeus perceberam que, apesar de todo o seu empenho em cumprir a lei, eles não estavam bem. A mensagem cristocêntrica de Pedro resultou então no seguinte: “Quando ouviram isso, ficaram aflitos em seu coração e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: ‘Irmãos, que faremos?’” (At 2.37). Pedro então deu-lhes a única resposta correta: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo” (v. 38). O resultado não se fez esperar: “Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas” (v. 41).
Saulo de Tarso era um homem que detestava sanguinariamente Jesus e sua igreja. Furiosamente, empreendeu de tudo para destruir a comunidade cristã. Contudo, certo dia o Senhor o interceptou. Vencido por esse acontecimento sobrenatural, Saulo formulou a pergunta que decidiu tudo: “Quem és tu, Senhor?” (At 9.5). O Senhor perdoou Saulo por seus pecados e escolheu-o como apóstolo para as nações. Além disso, ele ganhou um novo nome: Paulo.
O carcereiro em Filipos fora encarregado de vigiar dois presos com particular cuidado: o apóstolo Paulo e seu companheiro, Silas. Aquele guarda grosseiro já havia visto muita coisa. Ele obedeceu às ordens recebidas segundo regras rigorosas, mas aquilo não trouxe satisfação à sua vida. Ele teve tempo de observar Paulo e Silas. Ele ouviu que eles não lamentaram por seu sofrimento, mas começaram a cantar e até a louvar a Deus! Então, de repente, um terremoto abalou a prisão, abrindo as portas e soltando as algemas dos prisioneiros (At 16.26). Aí o carcereiro despertou do sono, percebeu sua situação constrangedora e quis lançar-se sobre sua espada (v. 27). Talvez já tivesse questionado há tempo a sua vida e achado que tudo o que o cercava era frustrante. Paulo percebeu aquilo e se dirigiu a ele com palavras consoladoras. Então o homem formulou a pergunta essencial: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?” (At 16.30). Paulo respondeu sem vacilar: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa” (v. 31). O ato de crer nessa mensagem virou a vida do carcereiro do avesso; ele literalmente tornou-se um novo homem: “Naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados. Então os levou para a sua casa, serviu-lhes uma refeição e com todos os de sua casa alegrou-se muito por haver crido em Deus” (v. 33-34).
Examinemos agora um pouco as perguntas formuladas pelo filósofo Immanuel Kant que citamos no início:
Quem busca a Deus seriamente o encontrará, receberá o perdão dos pecados e viverá! Tal pessoa pode esperar que o Senhor nunca mais a largará e a sustentará até a eternidade. Com Jesus, todas as cargas se desprendem, abre-se a esperança, as orações são atendidas e as dificuldades existentes são superadas. Não dependemos mais de nós mesmos: Jesus está presente!
Atenda ao convite feito por Deus por meio dos seus profetas: “Busquem-me e terão vida”(Am 5.4b)!
Você pode saber que Jesus é a esperança para qualquer vida. Para ele não há casos perdidos. Além disso, você pode saber que ele tem o poder de perdoar pecados e de lhe proporcionar uma vida não apenas nova, mas eterna. Mais, você pode saber que Jesus oferece uma segurança que persistirá também amanhã e depois de amanhã. A vida espiritual do apóstolo Paulo começou com a pergunta: “Quem és tu, Senhor?” (At 9.5). Pouco antes de sua morte, já em idade avançada, ele pôde testemunhar com grande certeza: “... sei em quem tenho crido...” (2Tm 1.12).
Sem Jesus, ele é uma vítima de Satanás e do pecado, sem esperança. Com Jesus, porém, ganhamos uma nova posição; tornamo-nos filhos de Deus, coerdeiros com Jesus e com isso herdeiros do Pai celestial. Aplica-se então a verdade de que, “se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2Co 5.17)
O que devo fazer? Os exemplos citados acima mostram que é preciso decidir-se a favor de Jesus, porque “a obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou” (Jo 6.29). As pessoas que ouviram o sermão de Pedro no Pentecostes aceitaram com boa disposição a palavra de Deus. O carcereiro em Filipos alegrou-se por ter passado a crer com toda a sua casa – aquilo foi um ato de decisão. Ele se colocou voluntariamente à disposição do Senhor.