O pensamento independente está acima da crítica?

Sob o título: “Moral ao invés de verdade: com muita frequência a ciência é usada como projeto de reparação”, a filósofa Maria-Sibylla Lotter escreveu no jornal NZZ sobre uma ameaça especial “para uma cultura científica em funcionamento”, isto é, “exortações políticas diante de determinados temas ou conceitos”. Não raramente se ouve dizer: “Se você menciona isso, então você cai nas mãos da direita”. Essa indignação moral seria “altamente perigosa para a formação de opinião, pois tais sinais apontam para a pessoa que fala e insinua que essa pessoa está com algum problema moral. Elas são extremamente eficientes para fazer com que pessoas se calem”. E o filósofo religioso Ingolf U. Dalferth expressa a opinião de que o pensamento independente está sendo excluído nas universidades ocidentais, conforme ele explica no jornal FAZ (23/07/2020). Ele escreveu: “Isso pode parecer um exagero, mas infelizmente não é. Em universidades norte-americanas há uma crescente interrupção de programas de ensino, por serem ‘muito brancos, muito europeus, muito machistas’”. Na Universidade da Califórnia, os estudantes de religião são aconselhados “a não continuarem a se envolver com a ‘filosofia e teologia tradicional, europeia, de gente morta branca’. De acordo com a orientação da direção da Universidade, a disciplina de filosofia da religião não deveria ser passada para nenhum branco ou asiático, mas somente para uma ‘pessoa de cor’”.

sumário Revista Chamada Novembro 2020

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