Bilhões de euros para um “sinal de virtude sem importância”

Os planos de proteção climática de Ursula von der Leyen, presidente da respectiva comissão da União Europeia (UE), preveem que nos próximos dez anos serão aplicados mil bilhões de euros na batalha contra as mudanças climáticas. De onde virão esses recursos está em aberto. O chamado “esforço verde” pretende preparar o caminho para a “Europa climaticamente neutra” até 2050. Von der Leyen destacou isso como “nossa nova estratégia de crescimento para a Europa”. O Banco Europeu de Investimentos (EIB) desempenha um papel central como instrumento de financiamento. Von der Leyen pretende reservar 25% das despesas totais da UE para a proteção climática. O restante deverá ser gerado através do EIB e por meio do programa de investimentos “UEInvest”. Os países da UE, no entanto, estão há alguns meses divergindo por causa do novo orçamento. Sem um acordo, von der Leyen nem pode estabelecer números viáveis. O historiador Niall Ferguson contesta tais planos porque esses problemas, que são criados principalmente na China e na Índia, não podem ser solucionados na Alemanha ou na Europa. É o que ele explicou em uma entrevista para o jornal Die Welt. O “esforço verde” seria um “sinal de virtude sem importância”. De acordo com Ferguson, está claro que “esse esforço reduzirá o crescimento econômico”. Ele continua: “A suposição de que justamente o ‘esforço verde’ poderia promover o crescimento é uma das ideias mais estranhas que há atualmente no mundo”.

sumário Revista Chamada Julho 2020

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