Em sua segunda carta a Timóteo, o apóstolo Paulo escreve: “Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina” (4.2). Na situação em que o mundo inteiro se encontra, a maneira como a Palavra de Deus é pregada precisou mudar rapidamente. As igrejas locais precisaram recorrer ao culto online, seja gravado previamente ou transmitido ao vivo. A Chamada também transformou o curso presencial de João, que ocorreria na sede do ministério, em Porto Alegre, para a modalidade EAD (ensino a distância). O importante é que a Palavra continue sendo pregada, “a tempo e fora de tempo”!
Um fator interessante a se notar foi o repentino interesse de algumas igrejas pela palavra profética, por aquilo que Deus tem a dizer sobre a volta de Cristo. Nos alegramos sobremaneira por este interesse renovado, orando para que haja um despertamento tanto nos cristãos quanto nos descrentes sobre o futuro de cada pessoa e dos planos de Deus revelados nas Escrituras.
Os cristãos em Tessalônica “tornaram-se modelo” nessa questão. Paulo afirma que os tessalonicenses (1) se voltaram para Deus, (2) serviam ao Deus vivo e verdadeiro e (3) esperavam dos céus o Filho de Deus (cf. 1Ts 1.7-10). O mesmo comportamento deve ser encontrado em cada cristão e igreja espalhados pela terra. “Porque, partindo de vocês, propagou-se a mensagem do Senhor na Macedônia e na Acaia” (v. 8). Na expectativa da breve volta de Jesus, os tessalonicenses espalharam o evangelho pela região – mesmo numa época difícil! Nesta edição, Norbert Lieth nos traz ainda outros ensinamentos sobre as cartas paulinas endereçadas a esses cristãos (leia na pág. 6).
O período de quarentena e combate ao coronavírus também tem causado divisões de opinião e enfrentamentos entre familiares, médicos, economistas, políticos e mais, e há uma dificuldade muito grande em saber quem tem razão, qual é a solução correta ou qual questão deve ser prioritária. Assim, nos conforta saber que podemos confiar no Criador do Universo e nas riquezas da sua Palavra, que inclusive nos traz reflexões valiosas de como Deus cuidou da humanidade no passado, quando não tínhamos os avanços na área da saúde que temos hoje (leia na pág. 16). Como Lieth finaliza em seu artigo de capa: “Se com o passar do tempo nos tornássemos infiéis, negligenciássemos a obra de que fomos encarregados, o nome do Senhor Jesus não seria glorificado em nós”. Em outras palavras, as provações são momentos cruciais da fé. Elas mostram quem realmente guia nossa vida: nós mesmos ou Deus.
Como traz alegria quando podemos confiar de todo o coração no que os coraítas falam no Salmo 46.10 (NAA): “Aquietem-se e sabiam que eu sou Deus...”. Estar ao serviço de Jesus, tomar nossa cruz todos os dias e segui-lo é um privilégio. Também precisamos considerar “motivo de grande alegria” quando passamos por “diversas provações” (Tg 1.2). Pois, como Tiago escreve, quando aprendemos em “perseverança” seremos “maduros” e “íntegros”, não tendo escassez de nada. Não é uma perspectiva ruim, não é mesmo? Nesse sentido, desejamos a todos uma boa leitura!