O que tem wasabi a ver com Israel?

Os apreciadores de sushi também conhecem o wasabi, o rábano japonês que, por seu sabor fortemente picante, tem sido amado e também execrado. Não é segredo que os israelenses estão entre os apreciadores de sushi. Poucos, porém, conhecem o relacionamento especial entre Israel e o wasabi. Esse rábano, cuja raiz é usada no preparo desse forte condimento, é de cultivo bastante exigente. A planta, que produz uma belíssima flor branca, prefere ambientes sombreados, altitudes entre 750 e 900 metros acima do nível do mar, temperaturas moderadas e muita, muita água, de preferência corrente. Além disso, ela cresce bastante devagar – os 18 a 24 meses até a colheita requerem um bocado de paciência. Com isso, já fica claro de antemão que Israel não tem ambiente natural para o cultivo de wasabi. Mesmo assim, porém, além do Japão, Israel está entre os dez países em que se cultiva e colhe wasabi.

Há pouco mais de seis anos, e aos 41 anos de idade, Ran Ronen integrou-se com sua família à comunidade do povoado agrícola Eliade, na região ao sul das Colinas de Golã. Golã é famosa por seu vinho e suas maçãs, amêndoas e azeitonas. No entanto, Ronan passou a cultivar com sucesso em uma estufa uma variante de rábano um pouco mais suave que a japonesa. Isso requereu muitas experiências repetidamente fracassadas e numerosas soluções incomuns a fim de finalmente se conseguir criar as condições adequadas. Entrementes, Ronan está produzindo para o mercado local, mas está na iminência do salto para o mercado de exportação, que tem demonstrado grande interesse nessa variante mais suave de wasabi. AN

Antje Naujoks dedicou sua vida para ajudar os sobreviventes do Holocausto. Já trabalhou no Memorial Yad Vashem e na Universidade Hebraica de Jerusalém.

sumário Revista Chamada Junho 2023

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