Fazer mais com menos
Hoje, um aumento da prosperidade não resulta mais em maior consumo de matérias-primas. Segundo um estudo do departamento federal de estatística da Suíça, desde a década de 1990 pode-se observar que uma prosperidade ascendente se faz acompanhar de cada vez menos consumo de recursos. Desde 2000, o consumo de biomassa, minerais e energias fósseis na UE caiu em 6%, embora o desempenho real da economia tenha ao mesmo tempo aumentado em 30%. Portanto, uma economia em crescimento não consome necessariamente mais recursos – pelo contrário: é possível fazer mais com menos. Desde 1990, o consumo suíço de recursos teve uma queda de 11% para 95 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, a economia real se elevou em 56%. Em outras palavras, hoje se pode gerar com um quilo de material um valor 75% superior ao que se conseguia ainda em 1990. Portanto, os recursos vêm sendo aplicados com maior eficiência do que antes. Em muitos segmentos, o consumo de recursos ultrapassou o pico e tende para baixo – apesar de uma economia em crescimento. O mesmo se observa também nos EUA: segundo o economista Andrew McAfee, de 72 recursos investigados pelo United States Geological Survey, apenas seis ainda não atingiram o pico de consumo. Assim, a utilização de cobre se retraiu em 40%. Em 2015, consumiu-se 15% menos aço do que em 2000, e o consumo de alumínio caiu em um terço.