O problema religioso do movimento climático

Martin Grichting, ex-vigário-geral da diocese de Chur, escreve num comentário para o NZZ: “Os radicais salvadores do mundo do movimento climático pintam publicamente cenários escatológicos. A Extinction Rebellion ou a Letzte Generation dão uma carga religiosa à questão política ou científica da situação da natureza e do clima”. Ele analisa os aspectos apocalípticos e religiosos do movimento e opina que “diante desse cenário, a atual onda climática religiosa precisa ser interpretada como negação do cristianismo. Atribui-se a Bismarck a frase de que ‘nós, os alemães, tememos a Deus e a mais nada no mundo’. Hoje a situação parece inversa: embora não se tema mais a Deus, teme-se quase tudo o mais no mundo”. Por sua vez, esse temor mundano do futuro e da morte cria um clima adequado “para preparar o terreno para procedimentos de retirada de liberdade ou violentos”. O teólogo reformado Ron Kubsch comenta a respeito: “Onde desaparece a fé no evangelho, dissemina-se uma religião civil superestimada e repressiva”.

sumário Revista Chamada Junho 2023

Confira