Inflação e depressão na alta tecnologia

Alavancada pelos eventos em torno da Ucrânia, a inflação chegou a Israel. Embora com 5,3% ela ainda seja moderada em comparação com outros países, ela atingiu o patamar mais elevado em Israel desde 2008. A isso se acrescenta que o custo de vida é extremamente elevado no país. Para muitos cidadãos, o salário não chega até o fim do mês e, segundo um relatório da seguradora estatal, cerca de dois milhões dos 9,6 milhões de habitantes vivem na pobreza. Cerca de meio milhão de israelenses começa seu dia sabendo que mal conseguirão comprar seu alimento diário. O novo governo prometeu combater o elevado custo de vida, mas ainda não há nada de concreto em vista. Há um outro desdobramento preocupante nesse contexto: no ramo de alta tecnologia se nota uma queda, e depois da alta do ano de 2021, registram-se bem menos investimentos. Muitas novas empresas, porém, dependem disso por não disporem de nenhuma reserva. Além disso vai-se ampliando cada vez mais uma queda dos empregos nesse setor. Não são poucos os que receiam que o novo governo não será benéfico para Israel como nação start-up, e que tudo isso são apenas os primeiros sinais de uma crise bem mais grave. AN