Certificado de saúde para poder viajar
No longo prazo, passaportes de saúde digitais devem tornar-se premissa para a liberdade de viajar.[1] Foi o que decidiram os países do G20 e do B20 em suas reuniões de cúpula em fins do ano passado em Bali, na Indonésia. Em sua declaração final, o G20 enfatizou a intenção de “promover mobilidade e uma rede mundial segura, bem como viagens desimpedidas após a pandemia da COVID-19”. Eles apoiam o “diálogo internacional em curso e a cooperação internacional na estruturação da prevenção de futuras pandemias e do combate a estas”. Para isso, “os padrões bem-sucedidos existentes e os certificados digitais de vacinação contra a COVID-19 deverão ser usados beneficamente como base”. O ministro da saúde indonésio explicou naquele encontro como isso se deverá traduzir na prática: “Tenhamos um certificado de saúde digital reconhecido pela OMS: se você tiver sido vacinado ou testado corretamente, poderá viajar. [...] Proporemos isso na próxima reunião mundial de saúde em Genebra como reforma das prescrições internacionais de saúde”. O B20 é um lobby dos maiores grupos econômicos internacionais integrado no processo G20 e se reúne regularmente imediatamente antes dos países do G20, para então lhes apresentar de antemão propostas de políticas.
Nota
- Norbert Häring, “G20 querem passaportes de saúde digitais permanentes como premissa para a liberdade de viagem”, Geld und mehr (blog), 17 nov. 2022. Disponível em: https://norberthaering.de/macht-kontrolle/g20-impfpaesse/.