A rainha da Inglaterra, o povo judeu e o Estado de Israel

Rei Charles III e membros da Comunidade Judaica na Congregação Judaica de Belfast em 2019. Foto: WikipediaRei Charles III e membros da Comunidade Judaica na Congregação Judaica de Belfast em 2019. Foto: Wikipedia

Por 70 anos, Elizabeth II regeu como rainha da Grã-Bretanha. Do mundo inteiro chegaram condolências por ocasião de sua morte. Israel e o povo judeu realizaram uma retrospectiva especial, porque, afinal, a Terra Santa foi por algum tempo um mandato britânico. Os judeus devem à Grã-Bretanha não pouco apoio em sua trajetória para o estado de Israel, como, por exemplo, a Declaração de Balfour, de 1917. Ao mesmo tempo, porém, os judeus também se lembram das restrições à imigração durante um dos capítulos mais tenebrosos da história judaica, pelo qual a Grã-Bretanha foi responsável. O pai da soberana agora falecida, o rei George VI, morreu poucos anos depois do fim do mandato britânico na Palestina. Passariam apenas poucos meses após o seu falecimento até que sua filha, que lhe sucedeu no trono, se encontrasse com o rabino-mor e integrantes da comunidade judaica do país, o que na ocasião despertou bastante interesse. Basicamente pode-se constatar que, ao longo dos seus 70 anos como rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II melhorou consideravelmente as relações com a comunidade judaica. Tanto mais Israel estranha até hoje o fato de que ela nunca tenha visitado o Estado judeu. Assim, também em Israel os olhares se dirigiram rapidamente para o seu filho, que passará a ser chamado de rei Charles III. Sabe-se que ele não tem nenhuma simpatia pelo movimento BDS de boicote a Israel, tem repetidamente elevado a voz contra o antissemitismo e se dedica fortemente à memória dos cruéis crimes do Holocausto. Diferentemente de sua mãe, Charles realizou em janeiro sua primeira visita oficial a Israel, mas já esteve também no país antes disso.

Antje Naujoks dedicou sua vida para ajudar os sobreviventes do Holocausto. Já trabalhou no Memorial Yad Vashem e na Universidade Hebraica de Jerusalém.

sumário Revista Chamada Dezembro 2022

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