Protestos no Irã
No momento da redação desta notícia, os protestos no Irã alcançam sua segunda semana. Mahsa Amini, detida pela polícia da moralidade em Teerã, capital do Irã, por não usar corretamente o hijab, supostamente morreu por causa de um ataque cardíaco (versão do governo) ou devido a espancamentos por parte dos policiais (versão da família e testemunhas). Seu funeral foi a faísca necessária para os protestos tomarem conta dessa nação islâmica conservadora. Alvos dos protestos são a polícia da moralidade,[1] mas também a complicada situação econômica que o país enfrenta, entre outras. Queixas econômicas já causaram ondas de protestos em 2019, 2021 e até mesmo em 2022, mas desta vez parece tratar-se de uma manifestação mais abrangente e impactante.[2] Pelo menos 76 pessoas já foram mortas e centenas (no mínimo 1 200) foram presas, inclusive 20 jornalistas.[3]
Como cristãos, devemos orar para que o evangelho libertador de Jesus Cristo alcance cada vez mais iranianos, lembrando-lhes, entre outras coisas, que “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27).
Notas
- De acordo com a CNN Brasil, a polícia da moralidade é uma força de aplicação da lei com acesso ao poder, armas e centros de detenção. Tais centros operam para fins de detenção, onde mulheres – e às vezes homens – são detidas por não cumprirem as regras do estado sobre modéstia.
- Nadeen Ebrahim, “Saiba tudo sobre os protestos violentos no Irã, CNN Brasil, 26 set. 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/saiba-tudo-sobre-os-protestos-violentos-no-ira/.
- David Gritten, “Iran protests: Death toll rises to 76 as crackdown intensifies - rights group”, BBC News Services, 28 set. 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/news/world-middle-east-63047363.