Inteligência artificial com consciência própria?
O Google demitiu um dos seus engenheiros, Blake Lemoine, depois de ele ter publicado atas de diálogos com a inteligência artificial LaMDA. Lemoine afirma que essa inteligência artificial teria desenvolvido uma consciência própria – matéria de muitas histórias de ficção científica. O exemplo mais famoso provavelmente é Blade Runner, um filme com Harrison Ford do ano de 1982, baseado num romance do autor de ficção científica Philipp K. Dick. É verdade que Lemoine não foi demitido por causa da sua ousada afirmativa de que alguns dos chefes do Google parecem considerar isso possível, mas a publicação da entrevista. O fato é que, no diálogo com Lemoine, o robô disse, por iniciativa própria, que ele teria consciência própria e que não desejava ser utilizado. Todavia, apesar de a inteligência artificial mencionar certas coisas – como família e amigos – que dificilmente se poderia esperar de uma máquina, outros cientistas no Twitter apressaram-se a rejeitar o conto sobre a inteligência artificial com consciência própria. Assim, Gary Marcus, especialista na área de máquinas aprendizes e professor de psicologia na Universidade de Nova York, disse que aquilo tudo seria uma “tolice em pernas-de-pau”. O LaMDA não passaria de um “tolo atribuidor de modelos estatísticos”. Em outras palavras, aquela máquina de vanguarda do desenvolvimento só reportaria aquilo com que fora alimentada e para o que estava programada. Segundo Marcus, tal como outras inteligências artificiais, o LaMDA não teria noção do mundo por trás das palavras que enfileira.