Reforço da defesa antimísseis

Poucos dias se passaram desde um teste de um sistema inovador de defesa a laser contra ataques aéreos até o momento em que a Cúpula de Ferro, a bem-sucedida inovação de Israel, teve de demonstrar o seu desempenho. Esse sistema baseado em tecnologia a laser conseguiu em um primeiro teste oficial derrubar do céu drones, mísseis antiblindados, morteiros e mísseis de curto alcance. Já faz alguns anos que os especialistas vêm aperfeiçoando o sistema. No ano passado, conseguiu-se o abate de drones, mas durante uma “série de testes altamente exigente” foi possível agora controlar uma frente de defesa bem mais ampla. O sistema, que a empresa desenvolvedora Rafael chamou de “raio de ferro”, não substituirá o sistema antimísseis da Cúpula de Ferro, mas o complementará, uma vez que, por mais bem-sucedido que esse sistema – aplicado pela primeira vez em 2011 – seja ao operar contra mísseis num perímetro de 15 km, justamente os projéteis de menor alcance próximos à fronteira da Faixa de Gaza continuam a representar um grande desafio. Estes oferecem só poucos segundos de prazo para se buscar proteção, razão pela qual, apesar de Israel desativar ainda no ar mais de 90% dos mísseis vindos da Faixa de Gaza, continua precisando lamentar ferimentos e mortes de civis. Além disso, também as organizações terroristas têm avançado no emprego de drones que podem, por exemplo, ser equipados com explosivos. Se o aprimoramento desse novo sistema a laser for concluído com sucesso, Israel voltará a ser o único país do mundo capaz de oferecer proteção a civis por meio de uma inovação tão revolucionária. AN

sumário Revista Chamada Agosto 2022

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