A diretriz de diversidade da Comissão Europeia
Por ocasião do período de Advento de 2021, a Comissão Europeia publicou uma nova diretriz de diversidade para seus colaboradores. Entre outras coisas, ela recomenda evitar os nomes “Maria” e “João” para estudos de caso, bem como não utilizar o termo “Natal”. Seus colaboradores não deveriam pressupor que todo mundo seja cristão. Segundo o NZZ, era de se esperar uma tempestade de indignação, e várias mídias começaram a notificar que a UE pretendia abolir a celebração do Natal, Maria e José (confundido com João). Até o Vaticano se manifestou criticamente, a ponto de a Comissão Europeia prometer reexaminar suas diretrizes internas. Ainda que a UE não pretenda – conforme os boatos – abolir o Natal, a diretriz de diversidade da Comissão é bastante cansativa. O jornalista conservador Rod Dreher publicou em seu blog várias capturas de tela do documento. Segundo elas, devem ser evitadas palavras de sentido discutível, como “colonização”, e os habitantes da Europa não deveriam mais ser chamados de europeus (porque, afinal, a Europa também abriga migrantes) e também não se deveria falar genericamente de “cidadãos” da UE, porque também existem apátridas. De modo geral, a diretriz parece estar marcada por um pavor de pisar no calo de algum grupo de pessoas (que não seja branco e cristão) por meio da linguagem corriqueira. Dreher observa que, tal como na distopia 1984 de Orwell, modifica-se o uso normal da linguagem a fim de criar novas realidades.