Três Aspectos do Candelabro de Ouro no Tabernáculo

Na passagem de Êxodo 25.31-40, lemos sobre a ordem da criação de um candelabro de ouro. Quais aspectos desse processo podem transmitir ensinamentos para a nossa vida?

Faça um candelabro de ouro puro e batido. O pedestal, a haste, as taças, as flores e os botões do candelabro formarão com ele uma só peça. Seis braços sairão do candelabro: três de um lado e três do outro. Haverá três taças com formato de flor de amêndoa num dos braços, cada uma com botão e flor; e três taças com formato de flor de amêndoa no braço seguinte, cada uma com botão e flor. Assim será com os seis braços que saem do candelabro. Na haste do candelabro haverá quatro taças com formato de flor de amêndoa, cada uma com botão e flor. Haverá um botão debaixo de cada par dos seis braços que saem do candelabro. Os braços com seus botões formarão uma só peça com o candelabro; tudo feito de ouro puro e batido. Faça-lhe também sete lâmpadas e coloque-as nele para que iluminem a frente dele. Seus cortadores de pavio e seus apagadores serão de ouro puro. Com trinta e cinco quilos de ouro puro faça o candelabro e todos esses utensílios. Tenha o cuidado de fazê-lo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte” (Êx 25.31-40).

A Bíblia apresenta-nos a pessoa de Deus como Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Três pessoas e, no entanto, um só Deus. Nós humanos, presos ao tempo e ao espaço, não temos condições de mentalizar isso. Além disso, uma das características da natureza de Deus é a luz, conforme diz 1João 1.5: “Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma”. A passagem bíblica referente ao candelabro no tabernáculo aponta para a luz eterna e, assim, para o próprio Deus, porque Deus é luz.

O salmista testifica: “Envolto em luz como numa veste, ele estende os céus como uma tenda” (Sl 104.2). E quando Jesus Cristo vivia nesta terra, ele confirmou isso dizendo: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12).

A luz inacessível de Deus

Jesus Cristo é a luz, a luz do mundo. A respeito dessa luz, porém, a Bíblia nos revela que “o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A ele sejam honra e poder para sempre. Amém” (1Tm 6.16). Isso quer dizer que para o homem “normal” é impossível achegar-se a Deus. No entanto, foi exatamente isso o que Israel quis quando saiu do Egito sob a liderança de Moisés e agora estava diante do monte Sinai. O resultado foi medo e terror. A respeito disso, lemos:

“Ao amanhecer do terceiro dia houve trovões e raios, uma densa nuvem cobriu o mon­te, e uma trombeta ressoou fortemente. Todos no acampamento tremeram de medo. Moisés levou o povo para fora do acampamento, para encontrar-se com Deus, e eles ficaram ao pé do monte. O monte Sinai estava coberto de fumaça, pois o Senhor tinha desci­do sobre ele em chamas de fogo. Dele subia fumaça como que de uma fornalha; todo o monte tremia violentamente, e o som da trombeta era cada vez mais forte. Então Moisés falou, e a voz de Deus lhe respondeu. O Senhor desceu ao topo do monte Sinai e chamou Moisés para o alto do monte. Moisés subiu e o Senhor lhe disse: ‘Desça e alerte o povo que não ultrapasse os limites para ver o Senhor, e muitos deles pereçam’” (Êx 19.16-21).

Deus é santo e puro e está envolto numa luz inacessível, uma luz na qual homem nenhum pode penetrar e diante da qual ele teme.

“Vendo-se o povo diante dos trovões e dos relâmpagos, e do som da trombeta e do monte fumegando, todos tremeram assustados. Ficaram a distância e disseram a Moisés: ‘Fala tu mesmo conosco, e ouviremos. Mas que Deus não fale conosco, para que não morramos’” (Êx 20.18-19).

“Envolto em luz como numa veste, ele estende os céus como uma tenda.” (Sl 104.2)

O homem tem medo porque sabe que não tem como prevalecer diante de Deus. Ainda que muitas vezes o esqueçamos e hoje só falemos do “bom Deus”, o bom amigo e ajudador em todas as situações da vida, a Bíblia mostra outra coisa. Hoje deseja-se celebrar Jesus, viver uma super-mega-festança com Jesus e estar “de boa” com ele. Se, porém, examinarmos a Palavra de Deus, veremos que os primeiros humanos se esconderam de Deus!

“Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: ‘Onde está você?’ E ele respondeu: ‘Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi’” (Gn 3.9-10).

E a respeito de Moisés, o grande homem da Bíblia, consta:

“Ali o Anjo do Senhor lhe apareceu numa chama de fogo que saía do meio de uma sarça. Moisés viu que, embora a sarça estivesse em chamas, não era consumida pelo fogo. ‘Que impressionante!’, pensou. ‘Por que a sarça não se queima? Vou ver isso de perto.’ O Senhor viu que ele se aproximava para observar. E então, do meio da sarça Deus o chamou: ‘Moisés, Moisés!’ ‘Eis-me aqui’, respondeu ele. Então disse Deus: ‘Não se aproxime. Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa’. Disse ainda: ‘Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó’. Então Moisés cobriu o rosto, pois teve medo de olhar para Deus” (Êx 3.2-6).

O profeta Isaías também se defrontou com esse Deus santo e exclamou: “Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5).

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo relata um encontro com o Deus vivo e diz: “... o resplendor da luz me deixara cego” (At 22.11). Por ter tido um encontro com Deus, foi necessário conduzi-lo pela mão e por três dias ele não comeu nem bebeu.

Assim podemos ler a respeito desse Deus da Bíblia: “Em Sião os pecadores estão aterrorizados; o tremor se apodera dos ímpios: ‘Quem de nós pode conviver com o fogo consumidor? Quem de nós pode conviver com a chama eterna?’” (Is 33.14).

Onde Deus estiver presente, haverá luz e nada pode ficar oculto. Quando Jesus Cristo, o Deus eterno em forma de homem, passou por esta terra, em sua presença tudo teve de vir à luz e revelar o que era verdadeiramente. Assim, certo dia um jovem veio falar com ele. Exteriormente ele era perfeito, levava um estilo de vida moralmente impecável e frequentava regularmente os cultos. Jesus, porém, enxergou o fundo do coração dele e lhe disse: “‘Se você quiser ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois, venha e siga-me’. Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas” (Mt 19.21-22). Esse jovem estava preso às suas riquezas, à sua boa posição e à sua reputação ilibada. No entanto, em vez de aceitar a ajuda de Jesus, ele se afastou triste.

Aos teólogos do seu tempo, Jesus arrancou a máscara da face porque para eles não importava a verdade, mas a confirmação das suas próprias ideias, opiniões e desejos. Mesmo os demônios tiveram de mostrar sua verdadeira face diante de Jesus.

“Quando Jesus desembarcou, um homem com um espírito imundo veio dos sepulcros ao seu encontro. Esse homem vivia nos sepulcros, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com correntes; pois muitas vezes lhe haviam sido acorrentados pés e mãos, mas ele arrebentara as correntes e quebrara os ferros de seus pés. Ninguém era suficientemente forte para dominá-lo. Noite e dia ele andava gritando e cortando-se com pedras entre os sepulcros e nas colinas. Quando ele viu Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele e gritou em alta voz: ‘Que queres comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te por Deus que não me atormentes!’” (Mc 5.2-7)

Os demônios sabiam quem Jesus era: o Deus eterno e santo, o que também nos confirma a carta de Tiago: “Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem – e tremem!” (Tg 2.19).

Quando nós, seres humanos, nos defrontamos com Deus, a reação é sempre de medo e terror – por causa do pecado. Como já vimos, foi assim que os israelitas gritaram quando Deus foi ao encontro deles: “Fala tu mesmo conosco, e ouviremos. Mas que Deus não fale conosco, para que não morramos” (Êx 20.19). O grande profeta Isaías exclamou: “Ai de mim, estou perdido!” E sobre os habitantes de Jerusalém se diz: “Em Sião os pecadores estão aterrorizados; o tremor se apodera dos ímpios: ‘Quem de nós pode conviver com o fogo consumidor? Quem de nós pode conviver com a chama eterna?’” (Is 33.14).

Sim, é fato que “Deus é luz; nele não há treva alguma” (1Jo 1.5). É para essa luz que o candelabro no meio do tabernáculo aponta. E, se nos considerarmos cristãos, a Bíblia requer de nós que vivamos nessa luz.

“Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo’” (1Pe 1.14-16).

Quem se intitula cristão não pode pecar consciente e irresponsavelmente, porque a Bíblia diz que “aquele que pratica o pecado é do Diabo” (1Jo 3.8). Com isso, a Escritura refere-se a uma adesão voluntária e consciente ao pecado, não importa como este se apresente. Isso, porém, não significa que o cristão nunca mais pecará. Quem afirmar que um cristão não peca mais é herege. A Bíblia diz com toda a clareza: “Todos tropeçamos de muitas maneiras” (Tg 3.2a), e: “Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1.8).

Todavia, o cristão não precisa mais pecar, porque Jesus habita seu coração. Ele é mais forte do que a pior das tentações. Se ainda assim cairmos alguma vez, voltamo-nos imediatamente ao Senhor Jesus e lhe pedimos que nos purifique. Jesus não veio para salvar os perfeitos e isentos de pecado, mas os perdidos.

O martelo da graça divina

O candelabro, pelo modo como foi feito, nos mostra o fato de que não devemos lidar de forma irresponsável com o pecado. Ele pesava 36 quilos de puro ouro. Lembremos que na Bíblia o ouro representa uma justiça atribuída gratuitamente, sem qualquer contribuição nossa: “Sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).

As marteladas na cruz foram para nós a origem da graça divina em nossa vida.

A Bíblia mostra que nos relacionamos com um Deus santo e puro, um Deus para quem o pecado sempre será pecado, a impureza sempre será impureza e a santidade sempre será santidade, porque Deus não muda. Ainda assim, ele quer nos conceder sua graça. Deus quer receber você assim como você é. Se você abortou um bebê, Deus continua a amá-la. Se você adulterou, Deus o ama assim mesmo. Se você destruiu sua família, Deus ainda continua a amá-lo. Isto é graça, porque graça significa que Deus nos recebe, se importa conosco e nos procura, não importa como ou o que sejamos.

A graça de Deus não é barata. Deus não deixa simplesmente tudo por isso mesmo. E isso se expressa na maneira como esse candelabro foi confeccionado. Ele foi feito de um bloco inteiriço de ouro. Não foi fundido nem soldado, mas martelado no seu formato. Uma martelada depois da outra, uma obra-prima artesanal. Até que o candelabro atingisse o formato desejado, ele precisou ser repetidamente aquecido, batido, resfriado, distendido, curvado e novamente aquecido e batido.

Lembremos que o ouro simboliza a justiça concedida por Deus, e as numerosas marteladas necessárias para confeccionar o candelabro dirigem o nosso olhar para o lugar em que essa justiça foi conquistada: na cruz do Calvário. Foi ali que se furaram com violentas marteladas as mãos e os pés do Deus vivo, Jesus Cristo.

Na Bíblia, o martelo representa o castigo e o juízo de Deus: “‘Não é a minha palavra como o fogo’, pergunta o Senhor, ‘e como um martelo que despedaça a rocha?’” (Jr 23.29), e: “Você é o meu martelo, a minha arma de guerra. Com você eu despedaço nações, com você eu destruo reinos” (Jr 51.20). Jael usou um martelo e uma estaca de tenda para matar o oficial inimigo Sísera (cf. Jz 4).

É um martelo nas mãos de um brutal soldado romano que traspassa com violentos golpes os pés e as mãos do Filho de Deus com os pregos do meu pecado. O candelabro do tabernáculo foi confeccionado com repetidas marteladas. Ou seja, houve necessidade de um martelo para que o candelabro pudesse brilhar, e assim Jesus foi pregado na cruz com uma martelada após a outra. Por isso, atenção: a graça de Deus nunca, nunca é barata! As marteladas na cruz foram para nós a origem da graça divina em nossa vida.

“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas formos curados” (Is 53.4-5).

“Se alguém lhe perguntar: ‘Que feridas são estas no seu corpo?’, ele responderá: ‘Fui ferido na casa de meus amigos’” (Zc 13.6).

A luz veio ao tabernáculo através de marteladas, e foram novamente marteladas que, 1 500 anos depois, trouxeram a luz ao mundo. As marteladas são o juízo executado no próprio Deus para que possamos voltar a viver na sua luz.

As flores de amendoeira da ressurreição

No candelabro do tabernáculo também se aplicaram flores de amendoeira. Estas apontam para a força e o poder da ressurreição de Jesus dentre os mortos. Depreende-se isso também da seguinte ocorrência:

“Assim Moisés falou aos israelitas, e seus líderes deram-lhe doze varas, uma de cada líder das tribos, e a vara de Arão estava entre elas. Moisés depositou as varas perante o Senhor na tenda que guarda as tábuas da aliança. No dia seguinte Moisés entrou na tenda e viu que a vara de Arão, que representava a tribo de Levi, tinha brotado, produzindo botões e flores, além de amêndoas maduras” (Nm 17.6-8).

Isso nos lembra da profecia a respeito do Senhor: “Ele cresceu diante dele como um broto tenro e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada havia em sua aparência para que o desejássemos” (Is 53.2).

As flores de amendoeira são um sinal de nova vida, vigor e novos frutos. Elas estavam inseparavelmente unidas ao candelabro. Assim também a nossa vida deve permanecer inseparavelmente unida a Jesus, conectada à fonte do poder de Deus.

Jesus Cristo veio para uma terra seca e infrutífera, completamente ressequida, tal como João 1.11 confirma: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”. Rejeitaram-no, pregaram-no a marteladas na cruz, arrancaram-lhe as vestimentas do corpo, cuspiram no seu rosto e torturaram-no até a morte. Mas tal como a vara de Arão brotou em uma noite, florescendo e frutificando, Jesus Cristo também trouxe frutos do meio da terra mais ressequida. E, assim como colheu frutos, ele também quer nos incluir, para também frutificarmos e produzirmos vida em meio à morte. Jesus Cristo diz a respeito disso: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25).

As flores de amendoeira, um sinal de nova vida, vigor e novos frutos, mostram como isso acontecerá. As flores de amendoeira estavam inseparavelmente unidas ao candelabro. Assim também a nossa vida deve permanecer inseparavelmente unida a Jesus, conectada à fonte do poder de Deus, como Paulo escreve: “Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte” (Fp 3.10).

Com isso, o apóstolo diz que ele quer ser perfeitamente integrado a Jesus Cristo, ligado a ele como as flores de amendoeira estavam integradas ao candelabro. Paulo sabia que dessa união com Jesus brotaria força vital, força de superação e luminosidade. Assim se realiza o que o Senhor mesmo diz aos seus: “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5.14-16).

Nós somos luz, mas apenas se estivermos unidos à pessoa que diz de si mesma: “Eu sou a luz do mundo”. Cabe a nós, tanto como indivíduos como também na qualidade de igreja de Jesus, iluminar, ser luz e prestar orientação a uma humanidade que vive em trevas.

Os três aspectos do candelabro de ouro

Desta forma, encontramos no candelabro de ouro três aspectos para a nossa vida: primeiro, estaríamos dispostos a ser luz a serviço de Jesus, brilhando no lugar em que Jesus nos colocou? Segundo, será que estamos unidos a Jesus por meio do martelo da cruz? Concordamos com o Calvário e suas consequências para a nossa vida? Terceiro, estariam presentes também as flores de amendoeira, o poder da ressurreição em uma vida com Jesus?

Nossa força é pequena e limitada. Muitas vezes ficamos temerosos e desanimados. Contudo, podemos aprender a persistir em uma vida com Jesus se nos engajarmos conscientemente, como disse certa vez um poeta:

“Engajei-me; que minha vida seja cruzada e que nunca se admita aquilo a que a carne me seduz. Separado pela cruz de Cristo da minha própria vontade, vivo em profunda paz e contente ao longo da minha vida.”

Mesmo para um grande apóstolo como Paulo, havia uma luta diária. Ele também conheceu dias em que estava profundamente abatido e solitário. Ainda assim, confessou: “Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus” (Fp 3.12).

Paulo foi alguém alcançado por Jesus Cristo e por isso ele também dedicou tudo para alcançar Jesus. Neste sentido, que esta reflexão sobre o candelabro do tabernáculo possa ser um incentivo a unir verdadeiramente a nossa vida a Jesus – abençoando a nós mesmos e iluminando o nosso mundo tenebroso.

Samuel Rindlisbacher é ancião da igreja da Chamada na Suíça e foi fundamental no desenvolvimento do grande ministério de jovens dela.

sumário Revista Chamada Novembro 2020

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