Bíblia (des)atualizada

Dizem que a Bíblia estaria ultrapassada e que os cristãos são pessoas retrógradas. Na verdade, a Bíblia é o livro mais moderno que existe.

Dizem que a Bíblia estaria ultrapassada e que os cristãos são pessoas retrógradas.

Na verdade, a Bíblia é o livro mais moderno que existe. A maravilha é que ela se mantém moderna e atual em toda e qualquer época. Também é verdade que o raciocínio humano sempre se arrasta na rabeira da Bíblia. Quantas vezes já foi necessário corrigir teorias e afirmativas, e até mesmo constatações científicas?! Quando, após breves ou longos experimentos, se descobre mais alguma coisa, logo se diz: “Segundo as mais recentes descobertas científicas...”. A Bíblia, por sua vez, ao longo dos milênios nunca precisou de correções. Seja quanto ao perfil humano que ela descreve, seja o que ela declara sobre a criação, ou o que profetiza para o futuro – tudo tem pé e cabeça:

A Bíblia já disse há tempo que as estrelas são incontáveis (Jr 33.22), e isso numa época em que ainda se achava que fosse possível contá-las. A olho nu, conseguimos enxergar cerca de três mil estrelas.

Muito antes da descoberta de Nínive, a Bíblia já falava daquela cidade (Jn 1–4). Foi só em meados do século 19 que o médico e arqueólogo italiano Paul-Émile Botta confirmou a efetiva existência dessa cidade. Até então, o que a Escritura diz a respeito dela era fortemente atacado. Quando, porém, descobriram Nínive, foi grande a surpresa sobre a extensão da cidade, já que coincidia com as indicações bíblicas.

Muito antes da descoberta das leis da natureza a Bíblia já falava da sua existência (cf. Sl 148.3-6).

Com base em 2Pedro 3.10-12, até é possível supor que a Bíblia fale de átomos e sua fissão ou fusão. A palavra grega usada para “elementos” (stoicheion) significa “componente, característica básica, arranjo”. Isso diz respeito aos componentes da matéria, os átomos.

A Bíblia – e o cristianismo que nela se baseia – não é apenas uma coletânea de fatos ou argumentos interessantes, mas é o poder de Deus.

Em comparação com isso, o mundo sem Cristo está envolto em trevas e insensatez. Por isso a Bíblia diz que “ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado” (Cl 1.13). Toda pessoa que ainda não tenha experimentado a salvação espiritual por meio da fé em Jesus Cristo não está livre, mas ainda permanece sob o domínio das trevas: “Eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância em que estão, devido ao endurecimento do seu coração” (Ef 4.18). A humanidade sem Jesus Cristo vive separada de Deus e tem a tendência de colocar tudo que é humano acima dele. Trata-se de pessoas seduzidas, que por sua vez também seduzem outras. No fim das contas, seus pensamentos não têm sentido nem objetivo. Vivem envoltas em orgulho intelectual e em conjeturas puramente racionais. A Bíblia adverte a igreja de Jesus contra tais pessoas: “Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo” (Cl 2.8).

Embora seja uma verdade radical e abrangente que o homem sem Jesus está sob o domínio das trevas e é determinado por estas, do mesmo modo também é verdade que Jesus pode libertar o homem dessa prisão e trazê-lo ao seu domínio amoroso.

Norbert Lieth é autor e conferencista internacional. Faz parte da liderança da Chamada na Suíça.

sumário Revista Chamada Outubro 2020

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