A crise do coronavírus revela muita coisa
O vírus que mantém o mundo sob alerta proporcionou mais uma estreia para Israel: pela primeira vez na história, um avião israelense pousou no Sudão mediante proteção diplomática oficial. Esse país muçulmano não faz boas referências ao país judeu, depois de várias incursões militares em seu território atribuídas a Israel. Na verdade, tratava-se de ataques ao fornecimento de armas iranianas para o Hamas. Somente com a pandemia ficou claro, por meio dos recentes contatos, que a famosa diplomata sudanesa Najwa Gadaheldam aparentemente desempenhava um papel importante. No auge da pandemia, na primavera, Israel enviou diplomatas e médicos, que aterrissaram na capital sudanesa com permissão oficial, para tratar da enfermidade de Gadaheldam. No entanto, eles chegaram atrasados, de modo que Netanyahu anunciou, no gabinete, ter apresentado suas condolências ao chefe transitório do governo sudanês, Abdel Fattah al-Burhan, o qual conheceu em fevereiro deste ano numa visita à Uganda, graças à intermediação deste país africano – o que também já havia sido algo inédito.