Haifa, setembro de 2020
A rápida proliferação do novo coronavírus mostrou claramente que o mundo de fato se tornou, como gostamos de dizer, uma “aldeia global”. Dificilmente há alguma região do planeta que não tenha sido atingida por ele. E se não foi afetada diretamente pelo vírus, foi sim pelos efeitos econômicos do lockdown global.
As imagens com os aviões estacionados ao redor do mundo mostram uma realidade fora de alcance. Nos aeroportos onde diariamente se realizavam centenas de voos, agora há apenas alguns. Afinal, o vírus se espalhou com as pessoas por todo o mundo por meio de incontáveis voos. De fato, o tráfego aéreo internacional foi o meio de transmissão que transformou o mundo numa “aldeia global”.
Ainda lembramos como o terrorismo modificou todo o tráfego aéreo internacional. Os procedimentos e os controles de segurança, como consequência, se tornaram rotineiros para os voos. E a crise com a pandemia também modificará os voos internacionais? Será que, futuramente, antes de um voo, precisaremos comprovar que estamos sãos e não portamos doença contagiosa? Aqui em Israel havia a ideia de exigir isso das crianças nas escolas, mas então verificou-se que seria impraticável.
Sem dúvida, também a internet, com todos os seus recursos, é um meio que proporcionou um grande passo para a globalização no mundo e que superou a TV. Em quase todos os lugares foi instituído o ensino à distância via Zoom.
Quando lemos, em Apocalipse 1.7: “Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram...”, então nos perguntamos: como será possível que todo o olho o verá?
Será que estamos nos referindo às mídias modernas para transmitir as novidades em prazo mínimo através do mundo? Poderíamos considerar que Deus aproveita o desenvolvimento alcançado pela humanidade. Quando Deus enviou o seu Filho à terra, isso aconteceu quando o mundo já estava um pouco “globalizado”. Naquela época se utilizava uma outra palavra para isso, ou seja, “ecumenismo”, o que significa tanto quanto “terra habitada”, isto é, o que então se conhecia dela. Essa expressão aparece diversas vezes no Novo Testamento.
O mundo greco-romano proporcionou as condições para que o evangelho pudesse se expandir rapidamente: por um lado, pelas boas condições de locomoção que os romanos criaram e, por outro, pelo idioma grego que era falado, ou ao menos entendido por muitos, nas longínquas áreas do mundo romano. Sem dúvida, Deus aproveitou o desenvolvimento da humanidade para realizar o seu plano.
Apesar disso, é óbvio que Deus não utiliza somente o desenvolvimento da humanidade para atingir seu alvo. Ele ainda tem outros recursos e meios para realizar suas intenções.
A volta de Jesus Cristo, em contraste com sua primeira vinda, não será um acontecimento que se restringe somente a Israel, mas terá efeito mundial e será reconhecida de modo inconfundível em toda a terra. Será um evento que atingirá e abalará toda a humanidade, como nosso Senhor Jesus descreveu: “... o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes serão abalados” (Mt 24.29).
Na certeza de que Deus está agindo para cumprir seu plano com o mundo e com toda a humanidade, vos saúda cordialmente com Shalom, vosso
Fredi Winkler