Ainda há um governo...

Isso nunca havia acontecido em Israel. Após uma terceira eleição, a composição de um governo ainda era problemática no Knesset (parlamento). Até Benjamin Netanyahu e Benny Gantz finalmente se reunirem, eles praticamente criaram uma pista de obstáculos. Após um ano, Israel necessitava de um governo funcionalmente eficiente e apto a tomar decisões. Isso, no entanto, não impediu que os dois políticos demonstrassem excessivamente seu ego, sua ideologia e fundamentações políticas. Diante da iminente recessão, havia muitos cidadãos decepcionados – e também irados – quanto à formação de um governo com tantos ministros como nunca houve anteriormente na história do país: 32 ministros na situação emergencial e, posteriormente, 36; ou seja, um governo acentuadamente oneroso. O ambiente entre os votantes também não melhorou mesmo quando Gantz comunicou a intenção de não ocupar todos os 16 ministérios previamente destinados aos restantes do fragmentado partido Azul e Branco. Muitos parlamentares, bem como eleitores, continuavam insatisfeitos. Um fato, no entanto, foi recebido com benevolência: Yaakov Litzman, do partido Judaísmo Unido da Torá, anunciou sua transferência das funções do Ministério da Saúde para o Ministério da Construção. Durante a crise, ele havia desobedecido às suas próprias determinações e participado de rodadas de orações juntamente com muitas pessoas, de maneira que acabou sendo infectado pelo vírus e assim, em meio à crise, permaneceu banido em quarentena do ministério governamental.

sumário Revista Chamada Agosto 2020

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