Novos desafios para o exército israelense

As forças armadas de defesa israelenses já superaram muitos desafios ao longo da história do Estado de Israel. Houve fracassos e sucessos, mas elas têm do que se orgulhar com seu desenvolvimento em geral e inovações, principalmente no setor de defesa, de que também outros países tiram proveito. Mais orgulho ainda todo o Israel pode ter dos seus jovens cidadãos, que partem altamente motivados para esses anos de sua vida adulta. Contudo, está cada vez mais evidente que o desejo de se unir a unidades de combate diminuiu no ano passado. Essa retração motivacional já se tornou perceptível bem antes da ruptura social de Israel causada pela reforma do judiciário. A liderança do departamento de pesquisa do exército israelense também informou que a retração, que no ano de 2022 foi de 73 para 66 por cento entre os homens e de 50 a 48 por cento entre as mulheres, não pode ser generalizada. Poderá perfeitamente existir motivação para servir em alguma unidade de combate prestigiosa, mas não em outras. Por isso, a representatividade dessa pesquisa parece ser limitada. Mesmo assim, reconhece-se a necessidade de agir contra essa tendência. Em 2022 ocorreu mais uma novidade para o exército: desde 2009 o orçamento do Estado de Israel tem encolhido, com o que o Estado judeu caiu do 14º para o 15º lugar numa comparação mundial. No entanto, o orçamento em si nada diz sobre as despesas, as quais justamente em 2022 aumentaram em razão dos crescentes ataques a alvos iranianos na Síria e da luta contra o terrorismo na Cisjordânia. Em Israel, muitos consideram preocupante que as reservas emergenciais dos EUA no país foram deslocadas e os estoques estão bastante baixos. A respeito disso, os EUA afirmam que isso decorre da guerra na Ucrânia e que seria apenas algo temporário. AN

Antje Naujoks dedicou sua vida para ajudar os sobreviventes do Holocausto. Já trabalhou no Memorial Yad Vashem e na Universidade Hebraica de Jerusalém.

sumário Revista Chamada Outubro 2023

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