ONU finalmente concordou com um posicionamento de Israel

Israel e as Nações Unidades não vivem necessariamente uma história de amor. Embora Israel tenha que agradecer à ONU por seu apoio em uma de suas horas mais críticas (na fundação do Estado), essa organização internacional e suas diversas agremiações com frequência rejeitam injuriosamente as decisões israelenses, demonstrando que ali se mede com dois padrões. Contudo, agora a ONU é responsável por algo que tanto Israel como o mundo judaico e seus amigos que apoiam Israel consideram como “inédito”. Trata-se de um relatório oficial da ONU que afirma, sem mais nem menos, que as críticas a Israel podem ter raízes antissemíticas e que, além disso, o movimento BDS (“Boicote, Desinvestimento e Sanções”) deve ser considerado como antissemitismo, pois “os objetivos, as atividades e os efeitos do BDS devem ser vistos como sendo fundamentalmente antissemitas”. Nesse contexto vale observar também que se trata de um dos primeiros relatórios das Nações Unidas dedicada em detalhes ao antissemitismo e suas raízes, sua expansão e consequências. O representante permanente de Israel na ONU, Danny Danon, comemorou a divulgação desse “relatório que finalmente tem um posicionamento claro a respeito” da questão e expressou sua esperança de que mudanças na ONU e em suas agremiações ocorrerão por causa disso.

Antje Naujoks dedicou sua vida para ajudar os sobreviventes do Holocausto. Já trabalhou no Memorial Yad Vashem e na Universidade Hebraica de Jerusalém.

sumário Revista Chamada Fevereiro 2020

Confira