A complexidade do ouvido
Quanto mais se fica sabendo sobre o ouvido, tanto mais se revela um minucioso planejamento, comentou o médico Andreas Zurbuchen, em um congresso da “Wort und Wissen” [Palavra e conhecimento]. O ouvido precisa converter as ondas sonoras transmitidas pelo ar em impulsos elétricos destinados ao cérebro. Entretanto, as extremidades nervosas do nervo auditivo não desembocam livremente no ar, mas em água ou tecidos. Por isso, as ondas sonoras que atingem o tímpano provenientes do ouvido externo precisam ser transmitidas pelo sistema dos pequenos ossos auditivos para um sistema carregado de líquido. Os impulsos elétricos assim criados, partindo das células capilares no ouvido interno, são recebidos no cérebro e registrados como sons. Portanto, não se transmite sons ao cérebro, mas impulsos elétricos que geram a percepção de um som. O médico se surpreende com a mera possibilidade de alguém crer que sistemas como o aparelho auditivo pudessem originar-se por acaso, ou pela seleção: “A coisa toda é tão complexa que ainda nem conseguimos compreender tudo. O que, porém, já conseguimos entender agora é que, para poder funcionar, isso precisa ter sido planejado e composto com extrema precisão”.