Ellen Steiger
O alcance do amor de Jesus
Queridas leitoras, queridos leitores,
Nos capítulos 3 e 4 do evangelho de João lemos sobre o fariseu Nicodemos e sobre a mulher samaritana no poço, respectivamente. Essas duas histórias trazem interessantes contrastes. De um lado temos o bem conhecido e intelectualmente importante mestre da Lei; do outro, a mulher samaritana anônima e sem instrução oficial. Aqui o homem moralmente correto; ali a mulher de má reputação. Nicodemos vai em busca de Jesus; a mulher é visitada por Jesus. Essas duas pessoas não poderiam ser mais diferentes. Contudo, num ponto elas são iguais: ambos precisam de salvação, ambos precisam de uma nova vida de Deus.
Para encontrar a mulher junto ao poço de Jacó, Jesus rompeu as barreiras da nacionalidade, da religiosidade, das normas sociais e culturais. Como os samaritanos misturavam a prática religiosa judaica com o paganismo, foram rejeitados pelos judeus. Os judeus evitavam até passar por Samaria. Eles não aceitavam nada de um samaritano, muito menos de uma mulher. Jesus era diferente. Para encontrar uma pessoa perdida, ele fez um desvio, sentou-se junto ao poço, conversou com a samaritana e permitiu que ela lhe desse água. A vida daquela mulher, que nunca teria ido ao templo por vontade própria, era muito importante para ele.
Para alcançar as pessoas ao nosso redor com o evangelho, o que estamos fazendo? Estamos quebrando barreiras? Estamos arriscando nossa boa reputação? Estamos fazendo o que Deus nos manda fazer: amar e vencer o mundo com o amor divino não na teoria, mas na prática?
Nicodemos é um exemplo de que ninguém pode ascender moralmente até que não precise mais da salvação por meio de Jesus; a mulher samaritana é um exemplo de que ninguém pode afundar tanto que a salvação não possa mais alcançá-lo. Deixemo-nos equipar por Deus – entre outras coisas, com mais esta edição da revista – para a tarefa de ajudar a cumprir sua sagrada missão de alcançar e resgatar pessoas. Até que ele volte. Maranata!