Mudança da embaixada britânica para Jerusalém?

Depois da morte da rainha Elizabeth II, a Grã-Bretanha também ganhou muito destaque na mídia em Israel. Os israelenses ocuparam-se intensamente com o fato de a monarca britânica nunca ter visitado Israel, e espera pelo novo rei Charles III, que se sabe ser declaradamente contrário ao movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções). Ele não dá valor nenhum a boicotes em geral, e menos ainda quando se dirigem contra Israel. Além disso, Israel espera de Charles III um importante impulso quanto à memória da Shoah, por cuja preservação ele tem se empenhado há anos. Mal o ambiente da casa real sossegara um pouco depois do funeral da monarca e a posse no cargo do novo rei, quando a democrática Grã-Bretanha voltou a ocupar as manchetes em Israel. A responsável por isso foi a breve premiê Liz Truss, que Elizabeth II havia nomeado poucos dias antes de falecer. Uma porta-voz do governo em Londres anunciou que a premiê britânica reforçou, em um encontro com seu colega israelense Yair Lapid, seu desejo de transferir a embaixada britânica para Jerusalém. Trata-se de boas novas caso esse desejo seja confirmado por seu sucessor – principalmente quando se considera que, para Israel, esse país europeu continua sendo também a ex-potência mandatária e que desempenhou um papel importante na questão dos refugiados judeus do século XX. Afinal, foi bem essa potência mandatária que limitou a imigração de judeus fugitivos dos nazistas.

sumário Revista Chamada Janeiro 2023

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