O interesse de Israel em uma aliança militar no Oriente Próximo

É frequente se ouvir em Israel, principalmente entre ex-líderes militares, que o país precisa reservar-se o direito de atuar independente de outros com relação ao Irã. Entretanto, ouve-se com a mesma frequência que Israel deveria consolidar as novas alianças estratégicas para bloquear a expansão iraniana no Oriente Próximo. Na verdade, é isso o que vem ocorrendo aceleradamente: o ministro da defesa de Israel, Benny Gantz, fechou num período de poucos meses dois significativos acordos de segurança: o primeiro em novembro de 2021 com o Marrocos, e no início de fevereiro de 2022 com o Bahrein. Além disso, há sondagens similares em curso, como com os Emirados Árabes Unidos. Esses acordos têm importância muito além de simbólica, porque no futuro serão postos em prática com medidas concretas. Já há manobras conjuntas em curso. Esses novos vínculos chegam ao ponto de especialistas em Israel declararem que “no Oriente Próximo está em formação uma nova aliança militar no estilo da OTAN – e diretamente diante dos nossos olhos”. Ainda há poucos anos ninguém teria considerado possível o desenvolvimento de tal aliança entre Israel e Estados árabes sunitas. Até o momento, ainda falta a bordo um dos mais poderosos agentes regionais: a Arábia Saudita. Todavia, muitos em Israel enxergam um crescimento de sinais positivos. A simples omissão da Arábia Saudita quanto à venda de tecnologia antimíssil israelense na região seria mais um marco conquistado.

sumário Revista Chamada Maio 2022

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