Energia solar israelense (des)utilizada

Usina de energia solar Ashalim, construída no deserto do Neguebe, ao sul da cidade de Berseba, Israel.

Uma vez que Israel localiza-se no hemisfério norte, suas estações não ocorrem no mesmo momento que no Brasil. Enquanto o brasileiro está no verão, os israelenses tem o seu inverno. Contudo, mesmo em certa parte do outono e inverno, Israel continua com um clima ensolarado. Assim como as temperaturas moderadas facilitam a vida no inverno, o calor sufocante do verão torna a vida cotidiana mais difícil. Mas, por mais ensolarado que Israel seja, é impressionante que ainda não faça uso adequado da energia solar, apesar do fato de as instalações nos telhados terem sido usadas para aquecer água em residências particulares desde o início da década de 1950. Israel tem desenvolvimentos científicos únicos no campo da energia solar. No entanto, ainda não atingiu a meta de cobrir dez por cento das necessidades energéticas do país com energia solar. Especialistas duvidam que Israel atinja as metas de proteção climática que estabeleceu até 2050. No entanto, por trás disso também estão as descobertas nos campos de gás natural. Yuval Steinitz, que atuou como ministro da Energia entre 2015 e o início de 2021, estagnou o progresso no setor de energia solar quando Israel, com poucos recursos, conquistou a independência energética como resultado dos campos de gás natural. O fato de tal método basear-se em matérias-primas fósseis e finitas não o incomodou. Um desenvolvimento criminoso para o meio ambiente e para a carteira do consumidor. Os preços da energia também continuam subindo em Israel. Sem uma perspectiva de uso da energia solar, que é quase gratuita, a situação só deve piorar.