Acesso ao monte do Templo sob nova ameaça

Visão da plataforma (direita) de acesso ao monte do Templo no Muro das Lamentações.Visão da plataforma (direita) de acesso ao monte do Templo no Muro das Lamentações.

A importância do monte do Templo repetidamente causa manchetes, muitas delas por extremistas. Há cerca de 15 anos atrás, quando desmoronou a chamada Ponte Mughrabi, o único acesso ao monte do Templo para quem não é muçulmano, Israel imediatamente foi acusado. Afirmou-se que a estrutura estava sujeita ao controle israelense e que nada poderia mudar no status quo do local. Além disso, inúmeros boatos infundados circularam na época. Um deles dizia que a ponte só teria desmoronado porque Israel estaria tentando chegar ao monte do Templo através de escavações subterrâneas ilegais. Naquele momento, através de ajuda e intervenção internacionais, foi possível erigir em caráter urgente uma estrutura temporário a fim de que os não muçulmanos, entre os quais muitos turistas e peregrinos cristãos, bem como judeus messiânicos, tivessem acesso ao monte do Templo.

Agora, já faz algum tempo que advertências de engenheiros – de que a madeira da estrutura apresenta graves sinais de desgaste – são ouvidas. Especialistas já tentaram proteger a madeira contra o avanço da deterioração, mas seus esforços não tiveram êxito. Agora esses profissionais reconheceram que a estrutura corre sério risco de desmoronamento. Ela já não deveria mais ser utilizada, pois traz grande perigo. No entanto, a recomendação de substituir a estrutura de madeira por uma de metal desencadeou diversas novas teorias da conspiração entre os fiéis muçulmanos, um lembrete de 15 anos atrás.

Antje Naujoks dedicou sua vida para ajudar os sobreviventes do Holocausto. Já trabalhou no Memorial Yad Vashem e na Universidade Hebraica de Jerusalém.

sumário Revista Chamada Outubro 2021

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