Sebastian Steiger
Um dos principais objetivos da revista Chamada é apresentar, mensalmente, conteúdos diversificados, biblicamente fundamentados e atuais. Com um foco específico – tanto presente quanto futuro – na vida como corpo de Cristo (igreja) e no povo de Israel, o qual acreditamos ainda ter grande importância nos planos de Deus, buscamos tópicos relevantes.
Mesmo em meio a diversos textos diferentes, nossos leitores e leitoras perceberão que a unidade está no centro desta edição. Começando com a análise de Norbert Lieth sobre a revelação divina concedida a Paulo quanto à ceia do Senhor, vemos a necessidade de unidade “até que ele [Jesus] venha” (1Co 11.26), isto é, retorne para nos buscar (leia aqui). O apóstolo Paulo instruiu os cristãos de Filipos a terem “o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude” (Fp 2.2). Depois, Ron J. Bigalke termina seu comentário do livro de Jonas expondo os sérios riscos cometidos pelo profeta: “O livro de Jonas retrata o que acontece quando uma pessoa deixa de refletir o amor de Deus, e, ao invés disso, permite que desejos e preconceitos pessoais a consumam por inteiro. Jonas permitiu que ódio e intolerância devorassem sua vida, o que o levou à beira da morte” (leia aqui). É nesse ponto que a inveja também pode desempenhar um papel – infelizmente – eficiente, o que Ludwig Schneider trata em sua análise da inveja que muitas nações possuem pelo amor de Deus demonstrado a Israel ao longo da história (leia aqui).
A própria busca pela “unidade” não está isenta de seus riscos. Qualquer extremo é complicado, e Arno Froese mostra isso quando reflete sobre a incessante busca do atual Estado de Israel em garantir união com diversas nações do mundo e como a igreja deve ser diferente (leia aqui).
O teólogo Voddie T. Baucham, Jr. traz algumas dicas valiosas nessa área. Após analisar o movimento popular “Black Lives Matter” no artigo de capa, Voddie escreve como a igreja precisa (1) levar cativo todo pensamento; (2) confrontar a mentira e se apegar à verdade; (3) ouvir com discernimento as visões que surgem; (4) se necessário, corrigi-las; e (5) estar disposto a sofrer pela causa de Cristo (leia aqui).
Depois de ter escrito o conhecido versículo mencionado acima sobre “unidade” para os filipenses, Paulo prossegue fornecendo outras dicas valiosas, estas mais voltadas ao convívio interno da igreja (entre irmãos e irmãs convertidos) mas muito úteis em situações gerais: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a vocês mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros” (Fp 2.3-4).
Que esta edição frutifique positivamente o seu desejo de criar, proteger e manter a unidade entre a igreja de Cristo e de defender, “com mansidão e respeito” (1Pe 3.16), sua fé contra aqueles que a prejudicam e atacam. Boa leitura!