Ellen Steiger

Nós, humanos, gostamos de olhar para a fachada, para o lado de fora. Seja a aparência, o status, a riqueza, a profissão ou a fama de uma pessoa. Somos fascinados por pessoas de sucesso. Mas por quê? Agora, se olharmos essas celebridades com mais atenção, perceberemos quantos na verdade não podem servir como modelos! Vemos arrogância, superficialidade, crueldade, imprudência...

O que Deus tem a ver com isso? Em seu terceiro artigo sobre Jonas, Ron J. Bigalke escreve acerca do profeta: “No capítulo 2, Jonas orou dizendo que ofereceria sacrifícios ao Senhor em Jerusalém, como gratidão por Deus ter poupado sua vida. Mas Deus não queria sacrifícios da parte de Jonas. Ele queria obediência [...] A lição que Jonas precisava aprender é importante, pois, frequentemente, obedecer à vontade de Deus é contrariar os próprios desejos. [...] Muitos cristãos querem ser usados por Deus, mas ainda não estão dispostos a cumprir as tarefas simples e claras que Deus revelou em sua Palavra. Deus lembrou Jonas de que ele não faria progresso algum até que fizesse o que Deus lhe tinha pedido” (leia aqui).

Bigalke continua: “Deus não é obrigado a dar uma segunda chance; assim, nunca presuma a graça do Senhor. [...] A verdade encorajadora em Jonas 3 é de que a desobediência inicial do profeta não anulou o chamado do Senhor em sua vida. Isso provavelmente prova que Deus se importa mais com o trabalhador do que com o trabalho a ser feito. Se o Senhor estivesse preocupado somente com Nínive, seria possível enviar outro profeta. Deus queria que Jonas confrontasse a sua atitude pecaminosa, e desse modo aprendesse algo sobre o grande amor” do Senhor.

Em nossa vida pessoal ocorre o mesmo que na vida de Jonas. Em vez de pensar que poderíamos levar algo a Deus – assim como Jonas queria fazer sacrifícios a Deus em Jerusalém –, Deus fica mais satisfeito quando o ouvimos e perguntamos por sua vontade. Pois o Senhor tem uma tarefa especial para cada um de nós – como Jonas tinha.

O trigo que era trazido como oferta de cereal (leia aqui) devia ser partido em pedaços antes de ser regado com óleo (Lv 2.6). Os jarros que os homens de Gideão levaram para a batalha tiveram que ser esmagados antes que a luz da tocha que estava escondida neles pudesse brilhar ( Jz 7.17-20). O frasco de alabastro teve que ser quebrado antes que pudesse liberar seu perfume (Mc 14.3). O pão partido era a parte central da santa ceia, símbolo do corpo partido do Senhor.

Enquanto nos preocupamos com nossa fachada e com o que as pessoas podem pensar sobre nós, Deus se preocupa com o estado do nosso coração. Ele não se preocupa com nossa “felicidade” (leia-se reputação e riqueza); ele busca a nossa cura. Ele deseja nos equipar para a eternidade. Para isso, “é necessário ter primeiro uma base sólida. Onde encontramos isso? Nas Escrituras”, escreve Wilfred J. Hahn (leia aqui).

Entreguemo-nos com confiança nas mãos de Deus, aquele que sabe melhor o que necessitamos. Que você tenha uma boa leitura!

sumário Revista Chamada Julho 2021

Confira