Triste recorde

Já faz anos que se repetem as informações sobre a maciça posse de armas ilegais entre os árabes israelenses. Esse problema parece tornar-se cada vez mais agudo, porque há bastante tempo não se trata mais de balas disparadas a esmo ao ar ou de possíveis feridos – até mortos – em alguma festa de casamento. Um balanço do ano passado não deixa dúvidas a respeito, porque até 28 de dezembro de 2020 contabilizaram-se 96 homicídios cujos autores e vítimas são árabes israelenses. Com isso, registrou-se no período de apenas quatro anos um crescimento de 50% desses crimes. Os cidadãos árabes de Israel constituem apenas 21% de toda a população, mas em 2019 responderam por 71% dos 125 homicídios ocorridos.[1] Há muito que o protagonismo desses números pertence ao crime organizado. Nenhuma das numerosas medidas que as autoridades israelenses tomaram até agora trouxe alívio; pelo contrário, as garras da máfia árabe, sob as quais penam seus próprios irmãos de fé, parecem ter-se consolidado ainda mais em razão da pandemia do coronavírus.

Nota

  1. “Arab communities shattered, as organized crime fuels a skyrocketing murder rate”,The Times of Israel, 31 dez. 2020. Disponível em: https://www.timesofisrael.com/arab-communities-shattered-as-organized-crime-fuels-record-levels-of-bloodshed/.
sumário Revista Chamada Junho 2021

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