Ellen Steiger

Quando lemos o artigo de capa desta edição, escrito por Johannes Pflaum, somos lembrados de “ondas de medo dos últimos 20 anos no contexto da BSE (síndrome da vaca louca), SARS, ebola, gripe aviária, gripe suína e agora o coronavírus”. Repetidamente surgem medo e pânico e nos perguntamos: o que deu errado com este mundo? As pessoas pensam que podem resolver sozinhas todos os problemas, mas “esse medo que o nosso Senhor fala no evangelho de Lucas é o medo do ímpio que pensa ter o controle e agora percebe como tudo lhe escapa” (leia aqui).

Precisamos redefinir “felicidade”. Se nosso objetivo é ser feliz apenas nesta vida, então nossa fé se afogará em medo e horror. Nossos próprios desejos permanecem no centro de todas as coisas. Julgamos Deus conforme ele cumpre nossas expectativas e leva em consideração nossas ideias. E se Deus não “entrega” (a nossa vontade), ficamos desapontados?! Mas, contratempos na vida – incluindo uma pandemia – são momentos decisivos de fé que mostram quem realmente controla nossa vida: eu mesmo ou Deus.

Samuel Rindlisbacher define a fé em sua análise sobre Hebreus 11 (leia aqui) da seguinte forma: “A fé tem um bom testemunho e é tão marcante que não pode ficar oculta. Não somente o mundo visível toma conhecimento disso, mas também o invisível. [...] A fé atinge o alvo. A fé tem um belo testemunho. A fé tem uma promessa maravilhosa. A fé aguarda um cumprimento glorioso”. E podemos ver isso claramente na vida dos inúmeros heróis da fé destacados em Hebreus e na Bíblia inteira. Nós também somos cartas legíveis de Cristo (2Co 3.3)? – Apesar de todas as situações externas e circunstâncias pessoais?

Sobre as situações externas, Norbert Lieth escreve na série sobre 1Timóteo: “... o cronograma da vinda de Jesus é determinado por Deus e que os acontecimentos registrados no mundo não acontecem ao acaso, não estão à própria sorte, mas encontram-se sob o firme controle do Deus Onipotente” (leia aqui). Quanto às circunstâncias pessoais, ele diz no texto “Respostas para Kant” que podemos procurar nossa felicidade “em muitas partes, mas continuaremos procurando até lançarmos mão da Bíblia. Só ela é capaz de oferecer uma resposta conclusiva sobre o que devemos fazer e a que nos destinamos”, pois “a maior miséria do ser humano consiste em não crer em Jesus. Não há perda maior” (leia aqui).

Vamos voltar, então, à questão do que exatamente deu errado. Na verdade, você tem que responder apontando o dedo para o seu próprio coração. É aí que está o problema – e que em última instância abrange o mundo inteiro. Temos que perguntar o contrário: como Deus pode querer amar e salvar pecadores como nós? No Senhor há tanta graça e misericórdia, sobre as quais podemos repousar novamente a cada dia e nas quais encontramos nossa felicidade! Portanto, quando olhamos para o mundo e não vemos nada além de trevas, devemos sempre nos lembrar do privilégio de estar a serviço de Jesus. Vamos tomar nossa cruz diariamente e segui-lo! Porque um dia estaremos na presença de Deus e do seu Filho, Jesus, vivendo num fantástico e maravilhoso mundo novo, cercados por anjos e todos os cristãos de todos os tempos, inclusive dos heróis da fé. Com isso em mente, desejo a vocês uma boa leitura!

sumário Revista Chamada Março 2021

Confira