A certeza do reino vindouro de Jesus

Análise de Apocalipse 19, dos salmos 113–118 (salmos de aleluia) e da última ceia pascal do Senhor, que apontam para o futuro reino milenar de Cristo em Israel.

Antes de Cristo retornar visivelmente e assumir seu reinado aqui na terra, o Aleluia (“louvor a Yahweh”) ressoa no céu: “Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava: ‘Aleluia!, pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso’” (Ap 19.6).

Como foi que Jesus ensinou seus discípulos a orar? O começo é: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.9-10).

Quando Jesus Cristo retornar em glória, terá chegado o momento: “Aleluia!, pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso”. Como Deus Filho, Jesus traz com seu retorno o reinado divino para a terra.

Quando o Senhor Jesus celebrou com seus discípulos a última Páscoa e a ceia da nova aliança, ele entoou um louvor com eles: “Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras” (Mt 26.30). Esse hino de louvor consistia dos chamados “salmos de aleluia” (113–118). Assim, por exemplo, Salmo 116.13 diz: “Erguerei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor”.

Nesse contexto, o Senhor declarou: “Eu digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de meu Pai” (Mt 26.29).

Essas declarações asseguram aos discípulos que ele voltará para estabelecer o reinado. Por isso, no período intermediário da igreja, nenhum aleluia ressoa (não o encontramos em nenhuma das cartas apostólicas). O Aleluia volta a ser entoado somente no último livro da Bíblia, que anuncia seu reinado a Israel.

Assim como todos os presentes se puseram em pé na estreia da grande “Aleluia” de Händel, também será com o grande Aleluia ao término da história sagrada, quando o Senhor assumir o seu reinado. O mundo inteiro se porá em pé.

“Reis da terra e todas as nações, todos os governantes e juízes da terra, moços e moças, velhos e crianças. Louvem todos o nome do Senhor, pois somente o seu nome é exaltado; a sua majestade está acima da terra e dos céus. Ele concedeu poder ao seu povo e recebeu louvor de todos os seus fiéis, dos israelitas, povo a quem ele tanto ama. Aleluia!” (Salmo 148.11-14).

O período da igreja – entre a última ceia e o seu retorno – terá terminado, e então o Senhor voltará a beber do fruto da videira porque se realizarão as bodas do Cordeiro.

“Neste monte [Sião] o Senhor dos Exércitos preparará um farto banquete para todos os povos, um banquete de vinho envelhecido, com carnes suculentas e o melhor vinho. Neste monte ele destruirá o véu que envolve todos os povos, a cortina que cobre todas as nações; destruirá a morte para sempre. O Soberano, o Senhor, enxugará as lágrimas de todo rosto e retirará de toda a terra a zombaria do seu povo. Foi o Senhor quem o disse! Naquele dia, dirão: ‘Este é o nosso Deus; nós confiamos nele, e ele nos salvou. Este é o Senhor, nós confiamos nele; exultemos e alegremo-nos, pois ele nos salvou’” (Is 25.6-9).

Norbert Lieth

Norbert Lieth é autor e conferencista internacional. Faz parte da liderança da Chamada na Suíça.

sumário Revista Chamada Janeiro 2021

Confira