O potencial econômico do acordo com os EAU

Já faz alguns anos que existem contatos – principalmente econômicos – entre Israel e os países moderados do Golfo. Os israelenses que, contrariando as determinações oficiais, já visitaram os Emirados Árabes Unidos (EAU) com passaporte israelense em 2014, a fim de colaborar na instalação de estufas com equipamento de alta tecnologia, conhecem de primeira mão o interesse de Abu Dhabi na tecnologia agrícola israelense. Agora o caminho parece estar livre para projetos bem mais ambiciosos com o objetivo de elevar o volume anual de comércio entre os dois países, estimado até agora em aproximadamente 730 milhões de dólares. Especialistas estimam que apenas as atuais exportações israelenses, no valor de 300 mil dólares anuais, aumentarão para 500 milhões de dólares, cabendo um importante papel ao fato de que os cidadãos dos EAU terem fama de dispor de amplos recursos financeiros.

Ao mesmo tempo, há a opinião entre pessoas do ramo de que isso não acontecerá da noite para o dia, mas que as relações econômicas se consolidarão gradualmente, expandindo-se cada vez mais. Para os segmentos de saúde, agricultura e alta tecnologia até se improvisaram consultorias antes da assinatura do acordo em Washington. Uma outra área que já vem interessando consistentemente os israelenses é o negócio imobiliário. Os xeiques do Golfo já vêm oferecendo roteiros desenhados para israelenses com o fim de apresentar-lhes objetos disponíveis antes da compra. Em particular, deu o que falar um contrato de cooperação assinado pelas associações de negociantes de diamantes de ambos os países. O Estado de Israel também poderia tirar proveito maciçamente disso, uma vez que os EAU ocupam mundialmente o segundo lugar na exportação dessas pedras preciosas de grande demanda.

sumário Revista Chamada Janeiro 2021

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