Vistas singulares sobre o Aeroporto Ben Gurion
Quem já esteve em Israel sabe da extensão do Aeroporto Ben Gurion, o que não o impede de ter longas filas de espera. Quando esse aeroporto foi inaugurado, muitos alegaram que, diante do tamanho reduzido do país, ele era grande demais. No entanto, os anos subsequentes demonstraram que, em virtude do aumento do tráfego aéreo, até os terminais desativados precisaram ser reativados. Com o surgimento da pandemia, viu-se então imagens de terminais e esteiras que mais lembravam Israel na época de Yom Kippur – mas esse cenário se estendeu por semanas e meses. Mesmo que, em agosto, houvesse algum alívio, isso favoreceu viajantes por motivos comerciais ou familiares, mas as aglomerações de turistas de fato não aumentaram. Assim, um único avião foi motivo de manchetes, pois em meio ao vazio dos espaços aéreos, aterrissou em Israel o segundo maior avião de carga do mundo. O Antonov Na-225 chegou dos Estados Unidos (EUA). Ao contrário de mercadorias medicinais-humanitárias, que eram transportadas nas últimas semanas, desta vez se tratava de veículos militares dos EUA, nos quais foram instalados partes dos sistemas antimísseis do Domo de Ferro, dos quais os EUA adquiriram duas baterias no ano passado. Este avião, fabricado na União Soviética na década de 1980, que com suas seis turbinas alcança uma velocidade máxima de 800 km/h e que, sem carga, possui autonomia para mais de 15 mil quilômetros, atraiu mais curiosos do que passageiros na pandemia.