Esperança nas Tribulações
“Mas aos que sofrem ele os livra em meio ao sofrimento; em sua aflição ele lhes fala. Ele o está atraindo para longe das mandíbulas da aflição, para um lugar amplo e livre, para o conforto da mesa farta e seleta que você terá” (Jó 36.15-16).
A passagem selecionada de Jó 36 é indicada para você que talvez já tenha perdido a esperança. Jó também chegou ao ponto de dizer: “Se grito: É injustiça! Não obtenho resposta; clamo por socorro, todavia não há justiça... desarraiga a minha esperança como se arranca uma planta” (19.7-10).
Ele expressa o seu desespero no capítulo 23: “Deus fez desmaiar o meu coração; o Todo-poderoso causou-me pavor. Contudo, não fui silenciado pelas trevas, pelas densas trevas que cobrem o meu rosto” (v. 16-17). Você está numa situação pior do que a de Jó? Deus libertou Jó do medo e do desespero. Por que ele não faria o mesmo com você? Ele o fará com certeza, pois há uma promessa para os aflitos, como lemos em Jó 36.15-16, passagem que introduz este artigo.
Promessa ao aflito
Deus sempre está preparado para ajudar o aflito. Vemos isso por toda a Bíblia, tanto no Novo quanto no Antigo Testamentos. Jesus diz: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores” (Mc 2.17).
Quando traziam pessoas aflitas e desamparadas a Jesus, lemos que ele tinha compaixão de todas elas, sem exceção. No Antigo Testamento e nos Salmos também vemos como Deus está ao lado dos doentes e aflitos. Por exemplo, lemos nos Salmos: “Pois não menosprezou nem repudiou o sofrimento do aflito; não escondeu dele o rosto, mas ouviu o seu grito de socorro” (22.24), e: “Mas os pobres nunca serão esquecidos, nem se frustrará a esperança dos necessitados” (9.18).
O Senhor Deus, que é tão grande, não esquece de ninguém que está em aflições. No Salmo 140.12 está escrito: “Sei que o Senhor defenderá a causa do necessitado e fará justiça aos pobres”. E no Salmo 149.4: “O Senhor agrada-se do seu povo; ele coroa de vitória os oprimidos”.
Muitas vezes oramos pedindo ajuda para sair da nossa difícil situação, alegando motivações que não são totalmente sinceras.
A grande questão em nossa vida não é a desesperança frente aos conflitos, mas o verdadeiro problema é que não confiamos em Deus e não procuramos ajuda somente nele.
Deus prometeu que o aflito será livrado por meio da sua aflição e pela opressão terá os ouvidos abertos. Você está aflito e no fim das suas forças? Enquanto ainda achar que pode resolver os problemas da vida sozinho, não receberá ajuda. A Palavra diz: “... clame a mim no dia da angústia...” (Sl 50.15). Mas há uma espécie de angústia que queremos ressaltar. Oseias 7.10 diz: “Todas essas coisas aconteceram, mas mesmo assim eles não se voltam para mim, nem procuram a ajuda do Senhor, seu Deus” (NTLH).
Você procura por Deus na sua situação miserável? Deus diz em Oseias 7.14: “Não clamam a mim de coração, mas dão uivos nas suas camas. Eles se ajuntam para o trigo e para o vinho, mas se rebelam contra mim” (NAA). Muitas vezes oramos pedindo ajuda para sair da nossa situação difícil, alegando motivações que não são totalmente sinceras. Não clamamos com o coração verdadeiro, ou nem clamamos. Por isso não experimentamos a ajuda de Deus em nossa angústia. É essa a história que se conta de um rei chamado Asa, que confiava em Deus em muitos aspectos, mas, quando ficou doente, deixou de confiar: “Embora a sua doença fosse grave, não buscou ajuda do Senhor, mas só dos médicos” (2Cr 16.12b).
A questão não é a doença, a angústia ou o grande problema, mas o fato de que não estamos realmente rendidos e entregues, de que ainda queremos controlar as situações, isto é, não chegamos ao fim de nossas forças a ponto de depender totalmente de Deus. Caso fosse assim, Deus cumpriria a sua promessa, pois ele não pode mentir. Há uma promessa para o aflito. Quando você estiver no fim, entregue – e Deus interferirá em sua vida e fará com que tudo fique bem.
Nos entregamos completamente aos cuidados de Deus quando já não o acusamos mais pela maneira como ele está nos conduzindo e quando tratamos o nosso próximo como diz Tito 3.2: “Não caluniem ninguém, sejam pacíficos, amáveis e mostrem sempre verdadeira mansidão para com todos os homens”. Quem age dessa forma demonstra que reconhece a sua situação insustentável diante de Deus. Não precisamos nos amedrontar diante dos problemas, pois Deus irá solucioná-los. Mas devemos trabalhar em nós mesmos para buscá-lo de coração sincero e desistir dos nossos próprios esforços.
A bênção da tribulação
Deus age na tribulação. Tiago nos aconselha a aceitar com alegria a passagem por tribulações ou tentações, pois quem for aprovado será ricamente abençoado: “... depois de aprovado, receberá a coroa da vida...” (Tg 1.12). E Hebreus 12.10 diz que isso será para o nosso proveito, pois seremos santificados. Paulo também escreve que a tribulação não é agradável, mas contém uma enorme bênção. Ele escreve em 2Coríntios 7.10-11: “A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte. Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que desculpas, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver a justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito”.
Ele também diz em Romanos 5.3: “Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança”. Você já não orou muitas vezes pedindo a Deus por livramento de uma tribulação e as coisas só pioravam?
Como alguém escreveu certa vez: “Pedi força, mas ele me deixou fraco para que aprendesse humildade. Pedi ajuda para realizar grandes obras, mas ele me humilhou para que fizesse boas obras. Pedi riquezas para ficar feliz, mas ele me deixou pobre para que me tornasse sábio. Pedi todas as coisas para poder desfrutar a vida, contudo ele me deu a vida para que pudesse desfrutar todas as coisas. Não recebi nada do que pedi, mas recebi tudo de que precisava. Contra mim mesmo as minhas orações foram ouvidas. Sou uma pessoa abençoada entre todos”.
Jesus quer nos abençoar e por isso permite que passemos por aflições. Estamos propensos a ouvir a Deus quando as coisas vão mal (At 27.18-26; Jn 1.5). A tribulação nos ensina a clamar a Deus. “Na sua aflição, clamaram ao Senhor, e eles os salvou da tribulação em que se encontravam” (Sl 107.13).
É uma bênção quando Deus interfere em nossa vida, mesmo que doa. Malaquias 3.3 diz: “Ele se assentará como um refinador e purificador de prata; purificará os levitas e os refinará como ouro e prata. Assim trarão ao Senhor ofertas com justiça”. Você trará justas ofertas quando estiver purificado. Portanto, não desanime nas dificuldades. Elas causam em você o que você na verdade deseja em sua vida espiritual: tornar-se mais parecido com Jesus. Às vezes não recebemos a transformação pessoal de outra maneira. Jesus é o melhor pastor que existe e ele sabe o que é melhor para a sua ovelha. Ele mesmo aprendeu a obedecer por meio do sofrimento.
Confie nele, pois ele tem pensamentos de paz e não de sofrimento. Lemos que, depois de ter passado por tantas angústias, “Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes” (Jó 42.10-12). A bênção se multiplica quando você permanece fiel nas adversidades.
Um caso perdido?
Voltando ao capítulo 36 de Jó, lemos: “Ele o está atraindo para longe das mandíbulas da aflição...” (v. 16). Essa frase é válida para você. Deus pode ajudá-lo e tirá-lo dessa situação – assim como aconteceu com Jó. A dificuldade pela qual você está passando pode ser como o caso de Paulo em 2Coríntios 1.8, em que este diz que suas aflições foram “muito além da nossa capacidade de suportar, a ponto de perdermos a esperança da própria vida”.
As dificuldades causam em você o que você na verdade deseja em sua vida espiritual: tornar-se mais parecido com Jesus.
Não há nenhuma ocasião na Bíblia em que Deus não pôde ajudar porque era difícil demais. Há algo mais difícil do que ressuscitar um morto que já estava há quatro dias no túmulo e em decomposição? O seu caso é mais complicado? Mais difícil? Há ajuda e solução – inclusive para o seu caso. Mesmo que você não possa acreditar nisso no momento, permanece o que está escrito no Salmo 93.4: “Mais poderoso do que o estrondo das águas impetuosas, mais poderoso do que as ondas do mar é o Senhor nas alturas”.
Mesmo que você diga o que Zacarias disse – “Como posso ter certeza disso? Sou velho, e minha mulher é de idade avançada” (Lc 1.18) –, ou mesmo que você esteja rindo como Sara – “Por isso riu consigo mesma, quando pensou: ‘Depois de já estar velha e meu senhor já idoso, ainda terei esse prazer?’ Mas o Senhor disse a Abraão: ‘Por que Sara riu e disse: “Poderei realmente dar à luz, agora que sou idosa?” Existe alguma coisa impossível para o Senhor?’” (Gn 18.12-14a). Este é o motivo pelo qual o verso acima também vale para você e você pode receber ajuda: não existe algo impossível para Deus. Confie em Deus, que cuidará do seu problema! Pense no maravilhoso fim de Jó. Tiago 5.10-11 diz: “Irmãos, tenham os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência diante do sofrimento. Como vocês sabem, nós consideramos felizes aqueles que mostraram perseverança. Vocês ouviram falar sobre a perseverança de Jó e viram o fim que o Senhor lhe proporcionou. O Senhor é cheio de compaixão e misericórdia”. Deus quer livrar você do seu sofrimento. Vemos nas Escrituras que ele faz isso de diversas formas.
Não precisamos nos amedrontar diante dos problemas, pois Deus irá solucioná-los. Mas devemos trabalhar em nós mesmos para buscá-lo de coração sincero e desistir dos nossos próprios esforços.
Ele procura atrair você por meio de encorajamento. O Senhor encorajou Jó mostrando-lhe o que ele pode fazer e como ele é (leia Jó 38). Deus sempre volta a perguntar a Jó: você pode fazer isso? Você sabe dessas coisas? Ele se revela a Jó tal como é, e com isso o atrai e nos convida a depositarmos mais confiança nele. E Jó responde: “Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42.2). Quando reconhecermos Deus como ele é, então não continuaremos sentados reclamando, mas começaremos a ter esperança, mesmo que, humanamente falando, não haja motivo para tal.
Ele procura atrair você mostrando a verdade. Jó 36.9-10 esclarece isso: “Ele lhes dirá o que fizeram, que pecaram com arrogância. Ele os fará ouvir a correção e lhes ordenará que se arrependam do mal que praticaram”. Reconhecer a verdade liberta, diz-nos João 8.32. Deus quer atrair você ao mostrar-lhe a verdade, dizendo claramente que você deve separar-se do pecado. A separação do pecado é a solução. Aceite a verdade, pois assim você estará no caminho do aperfeiçoamento e experimentará como Deus pode livrá-lo das mandíbulas do medo. Deus é maravilhoso em sua maneira de atrair alguém. Ele quer ajudar e atrair você para perto dele, onde não há perigo. Reconheça-o e reconheça que as palavras dele proporcionam cura. Mas lembre-se: apenas a verdade liberta.
Ele procura atrair você por meio do silêncio. No caso de Elias, temos um exemplo de como Deus reanima o seu seguidor desanimado. Elias falava como Jó: acabou, prefiro morrer a viver (cf. 1Rs 19.4). Pode ser que Deus atraia um e outro por meio do vento, do terremoto e do fogo. Mas, no caso de Elias, o silêncio, isto é, a brisa suave, foi utilizado. Deus nos atrai ao levar-nos para o sossego, ao silêncio. O Diabo tenta nos ocupar para que não cheguemos ao sossego. É no silêncio que Deus age maravilhosamente em nossa vida: “No arrependimento e no descanso está a salvação de vocês, na quietude e na confiança está o seu vigor, mas vocês não quiseram. Vocês disseram: ‘Não, nós vamos fugir a cavalo’” (Is 30.15-16a).
O silêncio é poderoso e Deus o utiliza para nos atrair e conscientizar do que realmente é importante. Deixe que Deus atraia você para o silêncio, para aprender a distinguir entre coisas importantes e superficiais. Deus quer tirar você do seu casulo no qual está se autocomiserando e lamentando a sua própria sorte. Não fique aí sentado sem esperança. Deixe-se atrair para uma vida de comunhão com o Senhor, onde há satisfação em todos os sentidos.
Um lugar amplo e livre
Muitas vezes achamos que uma entrega completa à Deus significa abrir mão de uma boa vida. Mas, ao contrário, quem se entrega completamente a Deus ganha muito mais vida! E com Deus vivemos o melhor que a vida oferece.
Deus quer atrair você para um lugar espaçoso, onde não há aperto. Quem vive com Jesus, e se entrega a ele sem reservas, é livre e tem vida abundante. Como Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente” (Jo 10.10b). Esta é uma promessa para hoje e para o futuro.
As palavras de João 16:33 continuam valendo para nós hoje: “Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (Jo 16.33). No Salmo 23.5 está escrito: “Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice”. Deus tem condições de realizar essa promessa apesar de estarmos constantemente sujeitos aos ataques do Diabo.
No Salmo 91 também lemos sobre dificuldades, e, mesmo assim, Deus pode presentear os que o amam. Ele diz nos versículos 14-16: “Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação”.
Em outras palavras, Deus tem um caminho e um banquete preparado para os que o amam e confiam nele. Foi o que Jó experimentou em sua difícil situação. Tudo estava escuro para ele, e mesmo assim ele pôde desfrutar dessa condição maravilhosa. Está claro que a angústia e a tribulação servem para expandir nossa fé.
Como em Jó 36.16, Davi relata que o Senhor “me levou para um local espaçoso” (Sl 18.19). Deus deseja dar a você um local espaçoso como fez nos casos de Jó e Davi.
José estava nas mandíbulas da angústia, na prisão. Ele experimentou como Deus o livrou dessas mandíbulas e lhe deu um local espaçoso: ele se tornou o homem mais importante do Egito. Daniel, que estava nas mandíbulas do medo, na cova dos leões, também foi tirado e levado a um local espaçoso: “Assim Daniel prosperou durante os reinados de Dario e de Ciro, o persa” (Dn 6.28).
Ana e Isabel eram estéreis e conceberam. Que espaço se ampliou para elas! Em Isaías 54.1-3, lemos: “‘Cante, ó estéril, você que nunca teve um filho; irrompa em canto, grite de alegria, você que nunca esteve em trabalho de parto; porque mais são os filhos da mulher abandonada do que os daquela que tem marido’, diz o Senhor. ‘Alargue o lugar de sua tenda, estenda bem as cortinas de sua tenda, não o impeça; estique suas cordas, firme suas estacas. Pois você se estenderá para a direita e para a esquerda; seus descendentes desapossarão nações e se instalarão em suas cidades abandonadas’”.
Essa promessa também vale para você. Deixe que Deus atraia e conduza, e você verá com alegria como ele transformará o seu “aperto” num local “espaçoso”. “Eles me atacaram no dia da minha desgraça, mas o Senhor foi o meu amparo. Ele me levou para um local espaçoso; livrou-me porque me quer bem” (Sl 18.18-19).
As iguarias da tua mesa
Deus não deseja ver seus filhos sofrendo. Ele pode nos abençoar e transformar por meio de provações. Mesmo que a angústia e a tribulação não sejam agradáveis, o que vem depois é uma grande bênção. Pedro confirma isso: “Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação. Assim acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado” (1Pe 1.6-7). Na carta aos Hebreus há uma palavra animadora semelhante: “Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados” (12.11).
O silêncio é poderoso e Deus o utiliza para nos atrair e conscientizar do que realmente é importante.
Tiago 1.12 diz: “Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam”. Em 2Coríntios 4.17 encontramos a mesma promessa: “Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles”. Continue firme e creia na maravilhosa promessa de Jeremias 29.11: “‘Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro’”.
O versículo acima foi comprovado no caso de Jó. Seu fim foi feliz e se cumpriu quando desfrutou da mesa farta em paz. Em Jó 42.11 lemos que ele teve o reconhecimento e comunhão com todos os irmãos e irmãs. No verso 12 ele foi abençoado por Deus nos negócios. No verso 13 ele experimentou a bênção de Deus sobre a sua família. Deus mudou a sorte dele e o abençoou mais e mais, dando a ele uma mesa farta. Porém, a maior bênção foi que Jó experimentou Deus como seu amigo mais fiel, que estava ao seu lado o tempo todo. Podemos ter todas as bênçãos na vida pessoal e profissional e mesmo assim não desfrutar dessa bênção insubstituível que é ter Jesus como nosso amigo mais fiel, isto é, experimentar uma comunhão íntima com ele.
Podemos ter todas as bênçãos na vida pessoal e profissional e mesmo assim não desfrutar dessa bênção insubstituível que é ter Jesus como nosso amigo mais fiel.
Deus deseja que estejamos firmados sobre a rocha, onde recebemos tudo. “Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro” (Sl 40.2).
Nenhum filho de Deus escapa de períodos de aflição, problemas, tensões e sofrimentos. De todos os lados podemos ser pressionados pelas lutas diárias. Contudo, apesar de todos as provações, podemos nos alegrar porque temos a certeza em nós de que estamos sobre um fundamento inabalável.
Davi sabia o que era passar por vales profundos. Vejamos de que perigos ele fala no Salmo 27: “homens maus”, “inimigos”, “adversários”. Em meio à guerra, Davi se encontrava em grandes perigos. No versículo 5 ele expressa sua confiança da seguinte forma: “Pois no dia da adversidade ele me guardará protegido em sua habitação; no seu tabernáculo me esconderá e me porá em segurança sobre um rochedo”. Que confiança! Você está em situação crítica que ameaça tragá-lo ou derrubá-lo desfiladeiro abaixo? Você está com medo de que sua fé irá falhar? Cristo quer conduzir você. Quando as dúvidas quiserem tomar conta, Cristo quer segurá-lo.
Se você confia em Jesus como o seu Senhor e Salvador, então está sobre a rocha eterna e inabalável. Você não pode afundar, pois está sobre a rocha; podemos tremer sobre a rocha eterna, mas ela mesma nunca estremecerá. Se você está passando por um vale escuro aparentemente sem esperança, não se esqueça de que a situação de Jó era trágica e, mesmo assim, ele pôde desfrutar de um final maravilhoso. As palavras de Jó 36.15-16 também servem para você: “Mas aos que sofrem ele os livra em meio ao sofrimento; em sua aflição ele lhes fala. Ele o está atraindo para longe das mandíbulas da aflição, para um lugar amplo e livre, para o conforto da mesa farta e seleta que você terá”.
Há esperança na noite da angústia, inclusive para você! Seja corajoso e confie naquele que faz tudo certo. “... mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Rm 5.3-5).